Caso Vitória: corpo de adolescente assassinada é enterrado em Cajamar
O corpo da adolescente Vitória Regina de Souza foi encontrado na tarde do dia 5 de março. Polícia investiga causas e motivação do crime
atualizado
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São Paulo — O corpo da jovem Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi enterrado no fim da tarde desta quinta-feira (6/3), no Cemitério Municipal de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.
O sepultamento foi acompanhado por dezenas de pessoas que foram ao local. Vitória foi velada no Ginásio Poliesportivo Lamartine de Paula Lima, também em Cajamar.
A morte de Vitória Regina
- Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada decapitada e com sinais de tortura na tarde do dia 5 de março em uma área rural de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo
- Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
- Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição.
- A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
- Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público.
- Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
- Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo.
- Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram junto com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
- Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que os dois não haviam descido junto com ela. “Ta de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.
- Pelo menos sete pessoas são investigadas pelo crime.
- Delegado responsável pelo caso diz que “provavelmente foi crime de vingança”.
- Polícia não descarta a participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no crime.
Vídeo mostra últimas imagens da adolescente
Os últimos áudios de Vitória
Antes mesmo de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de dois homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
Em seguida, Vitória Regina de Souza entrou no ônibus e disse que os dois subiram com ela no transporte público – e um sentou atrás dela. Nos áudios, é possível perceber que a jovem demonstra medo após a abordagem dos homens suspeitos. “ou uns caras no carro e eles falaram: ‘e aí, vida? tá voltando">
Já nas mensagens seguintes, Vitória diz que os suspeitos foram embora. “Deu tudo certo, eles entraram dentro da favela. A hora que eles aram lá do outro lado e voltaram eu pensei ‘pronto, eles vão voltar aqui de novo’. Mas eles entraram na favela”.
Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus que ela, e que eles estavam lhe dando med0. Minutos depois, Vitória diz que pegou o ônibus e que somente um deles a acompanhou — informação que é corrigida mais de 15 minutos depois, quando ela percebe que o outro suspeito também estava no coletivo.
Veja as mensagens:
Por fim, Vitória Regina desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural da cidade de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga dizendo que os dois não haviam descido com ela. “Ta de boaça”, finalizou a mensagem.