Veja quando será novo tarifaço contra Brasil anunciado por Trump
Presidente norte-americano alega que EUA são “roubados” por inúmeras nações, incluindo o Brasil. Por isso, irá impor taxas recíprocas
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso contundente ao Congresso americano e anunciou que imporá um tarifaço “recíproco” contra diversos países, incluindo o Brasil. Segundo o republicano, as medidas entrarão em vigor em 2 de abril.
Durante discurso aos parlamentares em Washington D.C., na terça-feira (4/3) — madrugada de quarta no Brasil —, Trump afirmou que os Estados Unidos vêm sendo “roubados” há décadas por outras nações e que não tolerará mais essa situação.
“A partir de 2 de abril, tarifas recíprocas entram em vigor. Não importa o que eles nos taxarem, nós os taxaremos”, declarou.
O presidente norte-americano também criticou a política comercial de diversos países e alegou que os EUA são prejudicados por tarifas desproporcionais.
“Outros países têm usado tarifas contra nós por décadas, e agora é a nossa vez de começar a usá-las contra esses outros países. Em média, a União Europeia, China, Brasil, Índia, México e Canadá — vocês já ouviram falar deles — e inúmeras outras nações nos cobram tarifas tremendamente mais altas do que cobramos deles. É muito injusto”, afirmou Trump.
Tarifaço
O tarifaço de Trump a alguns países ou a entrar em vigor na terça-feira (4/3), com taxações de 25% para produtos importados do Canadá e do México. Além deles, a China também foi taxada pela nova medida fiscal do republicano. O governo de Xi Jinping, inclusive, afirmou que “lutará até o fim” na disputa comercial contra os EUA.
Pequim reagiu anunciando uma tarifa de 15% sobre produtos como frango, trigo, milho e algodão, além de uma taxa de 10% sobre as importações de soja, sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios americanos.
Em entrevista, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reforçou que o país não cederá às pressões dos Estados Unidos.
“Pressão, coerção e ameaças não são as formas corretas de lidar com a China. Tentar exercer pressão máxima sobre o país é um erro de cálculo”, disse Lin. “Se os EUA insistirem em travar uma guerra tarifária, comercial ou qualquer outro tipo de guerra, a China lutará até o fim”, acrescentou.