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Vendedores criticam altos preços e culpam concessionária do Ibirapuera

Vendedores dos carrinhos do Parque Ibirapuera culpam concessionária pelos altos preços, falhas na logística e queda na qualidade de produtos

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Imagem mostra homens em frente a carrinho de coco - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra homens em frente a carrinho de coco - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — Vendedores do Parque Ibirapuera, em São Paulo, culpam a concessionária Urbia pelos altos preços, falhas na logística e queda na qualidade de produtos. Também afirmam que muitos não estão conseguindo arcar com a taxa mínima de R$ 1.000 mensais, mais R$ 500 de manutenção dos carrinhos, porque a margem de lucro despencou, e apontam falta de diálogo.

Ambulantes procuraram a reportagem na última semana para relatar aquilo que consideram uma série de problemas que têm enfrentado ao longo dos últimos anos e como viram cair seus rendimentos desde que o parque foi concedido à iniciativa privada. Neste ano, acontece a revisão do Plano Diretor do Parque Ibirapuera, com discussões que devem envolver a sociedade, a concessionária e a Prefeitura de São Paulo.

Na concessão, a Urbia foi obrigada a “promover a integração dos cooperados e vendedores”, que tinham situação jurídica precária, sem vínculos formais com o local ou com a istração municipal. “A concessionária deverá considerar os atuais 169 vendedores autônomos do Parque Ibirapuera, conforme lista a ser disponibilizada pelo Poder Concedente (prefeitura), de forma a realizar o seu cadastro, regularização e ou integração”, diz um dos anexos do documento assinado entre a Urbia e a prefeitura.

Com as mudanças, os vendedores aram a ser microempresários individuais (MEIs) e começaram a pagar à concessionária 10% do faturamento, mais R$ 500 mensais de uma taxa de manutenção dos carrinhos. Caso o faturamento não supere os R$ 10 mil mensais, os vendedores devem pagar uma taxa fixa de R$ 1.000. Eles reclamam que não têm controle sobre os preços e que a taxa sobre o faturamento, e não sobre o lucro líquido, inviabiliza o negócio.

Segundo Daniel Brito Silva, 36 anos, entre 70% e 80% dos pouco mais de 100 vendedores presentes hoje no parque não conseguem atingir os R$ 10 mil por mês em faturamento, tendo que arcar com a taxa mínima. Ele diz que muitos já estão inadimplentes e que pensam em entregar os pontos e ir embora.

Silva conta que frequenta o Ibirapuera desde os 6 anos de idade, com os pais, também ambulantes, como ele. “A gente não tem um respaldo da Urbia para conseguir trabalhar. A gente foi coagido a um contrato e a gente não está conseguindo cumprir com ele. Infelizmente, a situação é essa. Mudou muito e para pior”, afirma.

Altos preços

Trabalhando desde a adolescência no Ibirapuera, Evandro de Oliveira Pinto, 40 anos, tem um carrinho nas proximidades do Portão 8 e afirma que os vendedores autônomos têm sofrido abusos e exploração. “Faturam demais em cima da gente, principalmente em cima do coco. Ganham duas ou três vezes o valor“, diz.

O vendedor explica que a relação com a Urbia tem sido bastante complicada, com falta de resposta e deboche, diante das solicitações, o que acaba gerando também irritação nos ambulantes. “A gente é absorvido por eles. Eles estão engolindo a gente, tanto que a maioria das pessoas está desistindo, porque está complicado pagar um valor absurdo, sem nenhuma proteção, sem estrutura nenhuma. Trabalhamos na chuva, no vento, no sol, e somos obrigados a pagar mesmo que chova o mês todo, sem perdão, de qualquer maneira”, afirma.

Pinto também afirma que a qualidade dos produtos caiu bastante. “Principalmente, a do coco. A logística do pessoal que fornece os produtos. Muita falta de produto, o horário nunca bate. Sempre a gente fica na mão. Se der um domingo de sol aqui, que é o dia de a gente fazer um faturamento maior, a gente fica na mão”, diz.

Segundo Pinto, os vendedores perderam a possibilidade de escolher cocos com boa qualidade, com mais água, porque agora são obrigados a comprar apenas dos dois fornecedores homologados pela Urbia.

O que diz a concessionária

A Urbia foi procurada na manhã da última sexta-feira (28/3) para se manifestar sobre as críticas feitas pelos ambulantes, mas não enviou resposta até a publicação da reportagem.

Em reportagem publicada no dia 22 de março, a Urbia disse que a solução transformou a realidade dos ambulantes, que viviam na informalidade e agora se tornaram MEIs — medida que estava prevista no contrato de concessão.

Também cita que vendedores têm o a produtos da Ambev, que detém a exclusividade no parque, por custo mais baixo do que se comprassem de outros fornecedores, o que faz com que a margem de lucro seja ainda maior (a lata de um refrigerante por R$ 1,89 a a ser vendida por R$ 7, por exemplo).

Durante a última semana, a Urbia se manifestou sobre as críticas que têm recebido. “A Urbia reafirma seu compromisso e ressalta que, desde 2020, tem a honra de cuidar não apenas do Parque Ibirapuera, mas também de outros cinco parques, assumindo integralmente os custos de limpeza, manutenção, manejo das áreas verdes e segurança patrimonial desses espaços”, disse, em nota.

Segundo a concessionária, em 2024, o trabalho desenvolvido “resultou em uma economia de mais de R$ 80 milhões aos cofres públicos”. “Em cinco anos de concessão, a Urbia investiu mais de R$ 250 milhões na preservação do patrimônio histórico, melhoria da infraestrutura, manejo das áreas verdes e ampliação da ibilidade. Esses avanços proporcionaram um ambiente mais seguro, acolhedor e vibrante, reconhecido diariamente por milhares de visitantes que vivenciam essas transformações”, afirmou.

A Urbia também criticou “a divulgação de informações inverídicas, que não condizem com o trabalho realizado pela concessionária”. “Lamentamos profundamente o conteúdo de algumas manifestações disseminadas por meio da imprensa e redes sociais, que além de promoverem a desinformação, desconsideram os avanços e os impactos positivos da gestão”, afirmou.

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