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Tigrinho: mulher começou a apostar com R$ 2 e tem dívida de R$ 100 mil

Adepta de jogos de azar, a paulista Solange de Souza, de 33 anos, deve a bancos, pessoas e agiotas. Psicóloga explica os riscos das apostas

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Aplicativo de celular, jogo do Tigrinho - Metrópoles
1 de 1 Aplicativo de celular, jogo do Tigrinho - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo – Solange de Souza (nome fictício), de 33 anos, tinha uma vida comum. Mãe, esposa e trabalhadora, a paulista estuda pedagogia e atualmente atua como coordenadora de recepção. Nos últimos meses, ela percebeu que o hábito de apostar no “Tigrinho” a colocou em uma situação desesperadora.

“Comecei a jogar por brincadeira, apostando baixo, por curiosidade mesmo, quando lançou. Minhas apostas antes eram apenas na lotérica, mas valores pequenos como R$ 2”, conta. No entanto, atualmente, a dívida chega a R$ 100 mil. Ela deve a bancos, pessoas e agiotas.

“Fora de controle”

A paulista se arrepende de ter começado a apostar em jogos de azar. “A verdade é que a gente não percebe que está fora de controle. No fundo, você sente que sim, mas não consegue assumir. Eu estava emagrecendo demais, não conseguia cumprir com as minhas tarefas diárias, sem paciência com meu filho, estava me definhando”, avalia Solange.

“Um dia, no desespero de pagar um dos compromissos, eu mandei mensagem para muitos contatos e minhas amigas ficaram preocupadas. Foi quando eu precisei falar a verdade e pedir a verdadeira ajuda”, reconhece.

Atualmente, Solange enfrenta uma “luta diária” para conseguir quitar as dívidas aos poucos. Com a ajuda do marido e dos pais, fez uma planilha e paga as contas gradualmente.

Apesar de trabalhar de segunda a sábado, nos dias de folga, ela faz bico como motorista de aplicativos, além de comandar uma lojinha virtual para complementar a renda. Além disso, está fazendo sessões — pagas por amigas — com uma psicóloga.

“Para pessoas que nunca jogaram, eu diria para elas que continuem assim. Não joguem, pois a perda de controle sobre o jogo nos leva ao fundo do poço”, recomenda Solange. “E para as que jogam, espero que tenham o controle e, se perceberem que não estão tendo, procurem ajuda, contem pra alguém. Não conseguimos sair de um vício, seja ele qual for, sem ajuda da nossa família e amigos.”

Riscos do Tigrinho e outros jogos de azar

Segundo a psicóloga e psicanalista da USP Lilian Beiguelman, o vício em jogos pode ser considerado uma compulsão como qualquer outra. “Compulsão à repetição, que no contexto dos jogos de azar, pode se manifestar como um ciclo vicioso em que o indivíduo continua a apostar, apesar das consequências negativas que se sobrepõe como endividamento financeiro no caso dos jogos de apostas. A sensação de abstinência pode ser considerada um indicador do vício, seja ele qual for”, explica.

A especialista destaca que, na terapia, a pessoa pode descobrir um caminho que traga menos sofrimento. “Na psicanálise, as sensações não são tratadas como causa e efeito, muitas vezes não são íveis tão instantaneamente. Um sintoma é visto como uma forma inconsciente de lidar com algo que não necessariamente é a prática de algo, mas um modo de funcionar, de pensar”, acrescenta.

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