Presidente de empresa acusada de elo com PCC volta a ser preso
Presidente da UpBus, Ubiratan Antonio da Cunha, voltou a ser preso na noite dessa segunda-feira (7/4). Empresa é acusada de elo com o PCC
atualizado
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São Paulo – O presidente da empresa de ônibus UpBus, Ubiratan Antonio da Cunha, de 54 anos, voltou a ser preso na noite dessa segunda-feira (7/4). Ele responde a um processo por organização criminosa e lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ubiratan se entregou acompanhado de seu advogado por volta das 23h50 no 50º Distrito de Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A prisão acontece após a Justiça ter acatado um pedido do Ministério Público pela revogação do regime domiciliar e emitido um mandado de prisão contra Ubiratan.
É a terceira vez que o presidente da UpBus é preso em regime fechado no âmbito das investigações que apuram a relação da empresa com o PCC. No ano ado ele foi detido outras duas vezes, em julho e em dezembro, por descumprimento de medidas cautelares que previam o seu afastamento das atividades profissionais na cmpresa.
Segundo a SSP, Ubiratan permanece detido e aguarda a realização da audiência de custódia. O Metrópoles busca contato da defesa.
Operação Fim da Linha
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrou, em abril de 2024, uma operação contra a UpBus e a Transwolff, empresas de ônibus da capital que seriam ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Na ocasião, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão.
Em abril, seis suspeitos de serem integrantes de uma organização criminosa foram presos por explorar o serviço de transporte público para “legalizar” valores provenientes do tráfico de drogas, roubos e outros delitos.
Foram apreendidos um helicóptero, veículos, lanchas, motos aquáticas e foi determinado o bloqueio de R$ 600 milhões das contas dos suspeitos.
Essas empresas de ônibus, que atuavam nas zonas sul e leste, segundo o MPSP, são responsáveis pelo transporte de cerca de quase 700 mil ageiros diariamente e receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023.
Em janeiro deste ano, a Prefeitura rompeu seus contratos com a Transwolff e UpBus, que estavam sob intervenção desde o início das investigações.