MPSP denuncia sargento da PM que matou adolescente em abordagem em SP
Victoria Manuely, de 16 anos, foi baleada por um PM durante uma abordagem em Guaianases, na zona leste de São Paulo
atualizado
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São Paulo — O sargento da Polícia Militar (PM) Thiago Guerra, preso por matar a adolescente de 16 anos Victoria Manoelly dos Santos durante uma abordagem policial em Guaianases, na zona leste de São Paulo, na madrugada do último dia 10, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nessa quarta-feira (29/1), por “assumir o risco de produzir o resultado morte ao não observar as doutrinas das polícias brasileiras durante o procedimento”.
O promotor de Justiça Fernando Barbosa Rubin denunciou o sargento alegando prática de homicídio qualificado devido à impossibilidade de defesa da vítima, que estava detida e cercada por policiais ao ser baleada.
Na denúncia, Rubin pediu o às imagens, em alta resolução e com áudio, da câmera corporal usada pelo policial durante a ocorrência.
Relembre o caso
- Uma adolescente morreu após ser baleada por um policial militar durante uma abordagem em Guaianases, na zona leste de São Paulo, na madrugada da sexta-feira (10/1).
- O PM foi preso em flagrante.
- Victoria Manuely, de 16 anos, estava com a mãe, o irmão e alguns amigos em frente a um bar, na rua Capitão Pucci, quando dois homens aram correndo.
- Eles decidiram ver o que estava acontecendo, momento em que policiais apareceram e abordaram o irmão da vítima.
- Durante a abordagem, um PM fez um disparo, que atingiu o tórax da adolescente. Victoria não resistiu ao ferimento e morreu.
Na época, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) lamentou a morte e disse que investiga “todas as circunstâncias da ocorrência”. O PM que fez o disparo foi preso em flagrante e conduzido ao 50° Distrito Policial (Itaim Paulista), onde o caso foi registrado.
“A Polícia Militar não compactua com excessos ou desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que desobedecem aos protocolos estabelecidos pela corporação. A arma do policial foi recolhida e as imagens das câmeras corporais estão sendo analisadas. A PM também instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias da ocorrência”, disse a SSP.
Após uma audiência de custódia em 11/1, a Justiça de São Paulo converteu em preventiva a prisão do sargento da Polícia Militar.