Indiciados por 3 crimes, PMs do caso Gritzbach podem pegar 100 anos
Trio envolvido no assassinato de Vinícius Gritzbach foi indiciado por 2 homicídios, duas tentativas de homicídio e associação criminosa
atualizado
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São Paulo — Os três policiais militares que compam a equipe de seguranças do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram indiciados por dois homicídios, duas tentativas de homicídio e por associação criminosa.
A pena de cada um pode ultraar os 100 anos de prisão, caso os PMs sejam condenados pelos crimes a eles atribuídos.
Vinícius Gritzbach foi assassinado com dez tiros de fuzil quando desembarcou de um voo, vindo de Alagoas, no Aeroporto Internacional de São Paulo, na região metropolitana.
O cabo Dênis Antônio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues — apontados como assassinos de Gritzbach — e o tenente Fernando Genauro da Silva — motorista do carro usado na fuga dos matadores — estão encarcerados no Presídio Militar Romão Gomes.
Dias antes de morrer, Gritzbach havia feito delações premiadas ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) e à Corregedoria da Polícia Civil. Ele denunciou a relação de agentes públicos com o PCC, além de apontar criminosos envolvidos com lavagem de dinheiro da maior facção criminosa do país.
A execução do delator é investigada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Há outro inquérito, na Polícia Federal, em que é investigada uma associação criminosa composta por policiais civis ligados ao PCC na lavagem de dinheiro, além de corrupção ativa e iva.
Até o momento, 26 suspeitos foram presos: 17 são policiais militares, cinco policiais civis e quatro pessoas relacionadas a Kauê do Amaral Coelho, apontado como o olheiro que avisou aos assassinos sobre a chegada de Gritzbach na área de desembarque do aeroporto.
Câmeras gravaram ação
Câmeras de monitoramento registraram a ação dos assassinos do delator, fuzilado no momento em que ele se aproximava de um dos carros de escolta dele, blindado, logo após desembarcar no Aeroporto de Guarulhos.
Antes do homicídio, os três policiais militares usaram celulares para se comunicar, como foi provado pela investigação, que contribuiu para provar que os agentes circularam pela região antes, durante e após o crime. A atual fase da investigação já é considerada concluída pelo DHPP.