Grande SP ainda tem 27 mil imóveis sem energia após tempestade de 6ª
Segundo a Enel, quase 23 mil endereços na capital paulista ainda seguiam sem energia na tarde deste sábado (25/1), após temporal devastador
atualizado
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São Paulo – Mais de 27 mil imóveis na Grande São Paulo ainda estão sem energia na tarde deste sábado (25/1), depois da tempestade que castigou diversas regiões da capital paulista e de cidades da região metropolitana, na tarde de sexta-feira (24/1).
Segundo a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia, 22.964 unidades consumidoras ainda estavam sem luz às 14h deste sábado só na cidade de São Paulo. Osasco, com 1.635 imóveis sem energia, aparecia em segundo na lista de municípios atendidos pela Enel.
Durante a tempestade, 126 mil endereços ficaram sem luz. Foram registrados 13.190 raios, com 6.292 deles atingindo o solo, rajadas de vento e granizo. Vários transformadores explodiram por causa da chuva forte. Foram feitos 97 chamados para quedas de árvores na cidade.
Nessa sexta, a capital paulista registrou o terceiro maior volume de chuva dos últimos 64 anos, segundo dados da estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Mirante de Santana, na zona norte.
A Defesa Civil do Estado ainda ressalta que, dos 125,4 milímetros registrados nessa sexta, o acumulado de 82 mm entre 15h e 16h foi o maior volume computado em apenas 1 hora desde 25 de julho de 2006.
Para estabelecer ainda mais um recorde, num intervalo de três horas, choveu quase metade do previsto para todo o mês de janeiro. Dos 257,3 mm de chuva esperados para o mês, 125 mm (48,5%) foram registrados nessa sexta.
A cidade foi castigada por alagamentos, desabamentos, desespero e falta de energia. Pela primeira vez, a Defesa Civil emitiu um alerta severo para todos os celulares da região: “Chuva forte se espalhando pela capital paulista com rajadas de vento e risco de alagamento. Mantenha-se em local seguro”, dizia o comunicado.
Ocorrências
Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas na cidade em decorrência do temporal.
Na capital e na Grande São Paulo, a corporação registrou:
- 126 chamados de árvores caídas;
- 219 chamados de enchentes/inundações/alagamentos;
- 14 chamados para desmoronamento/desabamento/soterramento.
A chuva teve início por volta de 15h30, quando o céu escureceu diante da aproximação das nuvens cinzentas e deixou toda a cidade em estado de atenção até as 17h35. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram 219 chamados para ocorrências de enchentes e alagamentos.
Na estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do metrô, ageiros sentaram sobre os corrimões para se proteger da água, que inundou por completo o local (veja no vídeo abaixo). Também houve registro de alagamento na Linha 7-Rubi da TM.
Na Estação da Sé (Linha 1-Azul e Linha 3-Vermelha), um internauta registrou a plataforma lotada de pessoas tentando embarcar nos trens enquanto a chuva caía.
Ruas e avenidas se transformaram em rios, como nos casos da rua Palestra Itália, endereço do estádio do Palmeiras, e do Beco do Batman, na Vila Madalena, ambos na zona oeste. Carros e objetos foram arrastados pelas vias, conforme relatos dos moradores.
ZN: a mais atingida
A zona norte foi a região mais atingida. No shopping Center Norte, parte do telhado desabou e provocou pânico entre os clientes (vídeo abaixo). Segundo a a do local, as chuvas provocaram vazamento, mas ninguém ficou ferido.
Uma residência desabou na rua Alfredo Pujol, em Santana, sem deixar vítimas. Os bombeiros informaram 14 ocorrências do tipo pela cidade.
A região onde mais choveu na cidade, Vila Medeiros, também fica na zona norte. Ali, foram registrados 104,4 mm de chuva. Na sequência aparecem os bairros de Pinheiros, com 90 mm, na zona oeste, e Santana, com 83,2 mm.