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De demissões a Minhocão: vice acumula polêmicas durante tour de Nunes

Mello Araújo, vice de Nunes, demitiu servidores sem consultar prefeito, lançou obra polêmica no Minhocão e depois reclamou da imprensa

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Mozart Gomes/Câmara Municipal de SP
Foto colorida do vice-prefeito Ricardo Mello Araújo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do vice-prefeito Ricardo Mello Araújo - Metrópoles - Foto: Mozart Gomes/Câmara Municipal de SP

São Paulo — Quando o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB) morreu de câncer, em 2021, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) fez questão de manter no Executivo boa parte da equipe do tucano. Alguns, inclusive, permanecem até hoje.

Enquanto Nunes cumpre agenda desde o dia 20 pela China e Japão, o vice-prefeito coronel Ricardo Mello Araújo (PL) não seguiu a mesma linha: ao assumir pela primeira vez o cargo, demitiu um secretário executivo e outros dois servidores sem avisar ao prefeito, desagradando partido da base de Nunes.

A postura de Mello Araújo, indicado por Jair Bolsonaro (PL) em troca de um apoio tímido nas eleições, destoa do figurino do vice discreto. Na ausência de Nunes, ele participou de lançamento de projeto polêmico da Prefeitura e foram publicadas entrevistas que podem gerar ruído interno na gestão.

Entre aliados do prefeito, há quem tema que o estilo do vice atrapalhe as ambições de Nunes na disputa pelo governo do estado caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) resolva tentar a Presidência da República. Isso porque uma eventual gestão do policial é vista como imprevisível, embora alguns vejam a presença dele como um “trunfo” de aceno aos bolsonaristas.

Demissões

Mello Araújo demitiu o secretário executivo de Segurança Alimentar de São Paulo, Carlos Eduardo Fernandes, e outros dois servidores. O motivo não foi oficialmente detalhado.

Sabe-se, no entanto, que o vice-prefeito não contatou o prefeito sobre o assunto e, de quebra, acabou desagradando um partido da base aliada. O cargo era indicação do Solidariedade, do deputado federal Paulinho da Força, que ficou contrariado com a atitude.

“É um pouco surpreendente, porque ele está tomando decisões como se ele fosse o prefeito, né?”, comenta o cientista político Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).  “A função do vice é só na vacância. Então, demissão, medidas, digamos assim, de longo prazo, não já são vistas como atividade do vice.”

A demissão a jato evoca o estilo de Mello Araújo na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) — órgão que chefiou e lhe garantiu credenciais para a indicação ao posto de vice — tido como saneador na central de abastecimento e gestor, outras vezes, com acusações de truculência.

Obra polêmica no Minhocão

A ausência de Nunes foi marcada pela tentativa de Mello Araújo de tirar do papel um projeto controverso: a ideia de fazer um bolsão de estacionamento debaixo do Minhocão. Nesta semana, a prefeitura começou a obra, que incluiu a mudança da ciclovia no local.

A proposta visa, oficialmente, evitar o descarte irregular de lixo no local. Na prática, pode impossibilitar que moradores de rua continuem morando no local. A medida gerou protestos e foi acusada de higienismo.

Sobre dar início à obra, Mello Araújo nega que tenha agido sem consentimento do prefeito. “Não decido nada. Todas as coisas que estão acontecendo o Ricardo [Nunes] está ciente. […] Eu sou militar. Não vou dar um o sem ciência do prefeito. Teve reunião antes. O Ricardo até entendia que talvez um jardim fosse melhor. Mas decidimos experimentar o estacionamento. De repente, pode ser um misto de tudo. A gente pode fazer um bolsão e em outro trecho, um jardim”, afirmou ao Metrópoles.

Obras da Prefeitura de São Paulo para a instalação de um bolsão de estacionamento embaixo do viaduto do Minhocão
Obras da Prefeitura de São Paulo para a instalação de um bolsão de estacionamento embaixo do viaduto do Minhocão

A ação, no entanto, atiçou a oposição. Os vereadores Nabil Bonduki (PT) e Renata Falzoni (PSB) afirmam que vão entrar com uma Ação Civil Pública na Justiça contra a instalação do estacionamento. O argumento será de que a iniciativa fere diretrizes de mobilidade sustentável previstas no Plano Diretor, privilegiando veículos individuais ao transporte coletivo e à mobilidade ativa. Além disso, ciclistas também protestam contra a medida.

A prefeitura respondeu que se trata de um projeto de teste e que a ciclovia será mantida.

Entrevistas

Com Nunes do outro lado do mundo, entrevistas do vice ganharam os jornais. Em uma delas, ele disse discordar do prefeito sobre mudar o nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para Polícia Metropolitana. Em outra, afirmou que a função dele como vice é “empurrar os secretários, dar um chutinho”.

Nessa terça-feira (29), Mello Araújo também foi a um programa de TV reclamar da cobertura da imprensa, que acusou de não falar sobre o escândalo da farra do INSS, que foi revelado pelo Metrópoles e tem pautado todo o noticiário.

O vice-prefeito ainda participou, no último dia 24, de entrevista coletiva ao lado do vice-governador Felício Ramuth (PSD). Na ocasião, ele quem anunciou que os comerciantes da Favela do Moinho, no centro, receberão um auxílio do município para serem retirados do local. Nesse caso, antes do anúncio, o vice tinha conversado com Nunes.

Briga com padre Júlio

Nos quatro meses de mandato, Mello Araújo também protagonizou embates com o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo. Ele disse que o clérigo “não ajuda em nada” e que a “única que coisa que faz é dar comida” para moradores em situação de rua, sem incentivar que eles façam tratamento para dependência.

As declarações ocorreram um dia após viralizar um vídeo postado pelo religioso em que os dois aparecem batendo boca no Núcleo de Convivência São Martinho Lima, na zona leste.

Mello Araújo estava no local para, segundo ele, “convencer” dependentes químicos a procurarem tratamento, quando foi abordado pelo padre. Em resposta a um usuário nas redes sociais, ele afirmou que o padre Júlio realiza um “desserviço”.

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