Após greve, Linha 9-Esmeralda tem problema pelo segundo dia seguido

São Paulo – A linha de trem 9-Esmeralda, istrada pela Via Mobilidade, apresentou problemas pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (4/10). Desde as 4h, a circulação de trens acontece em via única entre as estações Pinheiros e Morumbi.

Segundo a empresa, a mudança na operação acontece em razão da manutenção no sistema elétrico da linha. A operação Paese foi acionada, e ônibus oferecem apoio aos ageiros no trajeto entre as estações em que há operação reduzida. Os demais trechos seguem com operação normal.

“Devido à manutenção no sistema elétrico, a circulação de trens da Linha 9 – Esmeralda está operando por via única entre as estações Morumbi e Cidade Universitária. Operação Paese atendendo entre as estações Morumbi e Pinheiros”, diz a Via Mobilidade, em nota.

Nessa terça-feira (3/10), durante a greve dos metroviários e ferroviários, a Linha 9-Esmeralda, cujos funcionários não aderiram à paralisação, sofreu uma pane elétrica por volta das 14h. A circulação de trens entre as estações Morumbi e Osasco chegou a ser interrompida. A operação Paese também foi acionada.

Greve contra privatizações e concessões

A falha de operação da Via Mobilidade foi duramente criticada pelos grevistas. A paralisação dessa terça-feira (3/10) foi um protesto contra as sinalizações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de que pretende privatizar ou conceder à iniciativa privada outras linhas de trem e metrô.

Segundo a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, as falhas apresentadas pela Via Mobilidade estão ligadas à istração privada.

“No dia da greve, a Linha 9, privatizada, para mais uma vez por conta de uma falha. Infelizmente isso faz parte do cotidiano dos usuários que dependem dessas linhas. A privatização gera um caos todo dia em São Paulo. Por isso nossa greve de 24h é contra as privatizações, para interromper esse caos!”, disse ela.

Descarrilamentos, colisões e incêndios têm ocorrido nas linhas 9-Esmeralda e 8-Diamante, entregues pelo governo estadual à iniciativa privada. Em agosto, a ViaMobilidade assinou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público de São Paulo (MPSP) se comprometendo a pagar R$ 150 milhões em indenizações pelas constantes falhas na prestação do serviço.