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Por que Ibovespa não desabou, na contramão do mundo, após tarifaço

Analistas consultados pelo Metrópoles nesta manhã falavam em situação “menos pior” do Brasil em relação a outros países alvos das tarifas

atualizado

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Imagem desfocada de  da Bolsa de Valores do Brasil, com dados sobre ações negociadas no pregão - Metrópoles
1 de 1 Imagem desfocada de da Bolsa de Valores do Brasil, com dados sobre ações negociadas no pregão - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Ao contrário da maioria dos principais mercados globais, como a Europa e a Ásia, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), chegou a operar em forte alta no fim da manhã desta quinta-feira (3/4), um dia depois do anúncio de uma nova rodada de tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre diversos países.


O que está acontecendo

  • Às 11h05, o principal indicador de desempenho das ações negociadas na Bolsa brasileira, disparava 0,89%, superando o patamar dos 132 mil (132.399,88 pontos).
  • No início da tarde, puxado pelo tombo das ações da Petrobras e da Vale, o índice perdeu força.
  • Às 12h50, o Ibovespa operava perto da estabilidade, recuando 0,08%, aos 131 mil pontos.
  • Na véspera, dia em que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição do novo “tarifaço”, o Ibovespa fechou em leve alta de 0,03%, aos 131,1 mil pontos, praticamente estável.
  • O fechamento do mercado, pouco depois das 17 horas, coincidiu com o início do pronunciamento de Trump.
  • Com o resultado, a Bolsa do Brasil acumula ganhos de 0,71% no mês e de 9,07% no ano.

O que explica o movimento do Ibovespa

Segundo agentes do mercado financeiro, a trajetória de alta do Ibovespa no começo do pregão desta quinta-feira indica uma reação inicialmente positiva dos investidores em relação aos eventuais impactos das tarifas sobre a economia brasileira.

Analistas consultados pelo Metrópoles nesta manhã falavam em uma situação “menos pior” do Brasil em relação a outros países que foram alvo de taxas muito mais duras por parte do governo norte-americano.

De acordo com o anúncio da Casa Branca, o Brasil está entre os países menos taxados por Trump, com uma taxa linear de 10%.

Entre as tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, a de 10% imposta para o Brasil é a mais baixa, junto com as também impostas para países como Reino Unido, Cingapura, Chile, Austrália e Turquia.

A primeira medida anunciada por Trump no dia de tarifaço foi a taxação de 25% em cima de automóveis, já a partir desta quinta-feira. Ao anunciar o tarifaço, o presidente norte-americano mencionou produtos da União Europeia (UE), Austrália, China, Japão e outros parceiros comerciais.

Além dos automóveis, o presidente dos EUA também criticou a importação de carne australiana. A menção pode ter impactado o mercado na Austrália, onde a bolsa fechou esta quinta em queda de 0,9%, apesar da taxação semelhante à brasileira. O Brasil não foi citado pelo norte-americano em seu discurso.

O temor entre os investidores é o de que a nova rodada de barreiras comerciais anunciada pela Casa Branca deflagre uma guerra comercial global, com consequências econômicas imprevisíveis.

Por outro lado, no caso do Brasil, o país ficou na lista dos menos taxadas pelos EUA, o que, diante da expectativa inicial, é um fato considerado positivo pelos investidores.

Há também quem acredite que, diante de taxações maiores em outros países, o Brasil possa se beneficiar, com chance de ganhar novos mercados.

Para Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, “os holofotes são todos para a taxação do Trump, a repercussão e de que forma isso vai impactar os mercados”.

“Novamente, o Brasil foi o menos atingido e isso foi menos pior para nós, pelo menos por enquanto. Isso que está acontecendo agora realmente nunca se viu. Estamos vendo a história sendo escrita”, afirmou.

“E, agora, devemos ter, sim, um dia tenso nos mercados. Mas pode ser que o Brasil não sinta tanto, a não ser que as commodities, como Vale e Petrobras, acompanhem essas quedas das cotações internacionais”, projeta Correia. “Também acredito que vamos ter uma desvalorização forte do nosso real.”

Em relação ao Brasil, Correia afirma que a taxação foi “bem menos pior”. “Isso tem um lado bom, de certa forma. Trump e a sua equipe econômica estão preocupados com a balança comercial dos EUA. Eles acreditam que precisam ser superavitários em cima das transações comerciais e ponto”, afirma.

“Trump realmente pegou mais pesado com a China, com 34% de taxação. A Europa, na média, fica na faixa de 20%. A situação ficou pesada. O questionamento que fica é: os EUA vão se isolar? Vai ser uma grande tacada? Ou será um tiro no pé? Ainda não se sabe.”

Incerteza domina mercados

Na avaliação de Alison Correia, o novo capítulo do “tarifaço” de Donald Trump gera um clima de grande incerteza nos mercados, o que torna ainda mais difícil traçar qualquer prognóstico para os próximos dias ou semanas.

“Agora é tudo muito incerto, mas a gente vê os ativos despencando. A Apple, que faz boa parte dos seus iPhones na China, caiu quase 10%. A gente vê, hoje, S&P, Dow Jones, Nasdaq, tudo caindo. A gente vê o VIX, o ‘índice do medo’, subindo. A gente vê petróleo caindo, mesmo com os EUA não taxando nada relacionado a esse tipo de commodity”, destaca.

“Isso acontece porque, com todas essas medidas, o raciocínio é que o mundo vai parar de crescer ou vai crescer menos. Com isso, a consequência será menos demanda. E, assim, o petróleo cai. O aumento dos estoques norte-americanos ontem também é um motivo para isso.”

Entenda o novo “tarifaço” de Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (2/4) a imposição de novas tarifas sobre produtos importados, atingindo países com taxas que variam de 10% a 97%.

A medida, segundo Trump, tem como objetivo fortalecer a produção doméstica e combater o que o governo norte-americano considera práticas comerciais desleais.

Desde fevereiro, Trump já vinha sinalizando a adoção das tarifas, mas sem detalhar valores ou critérios. Na última semana, ele reforçou que a taxação seria aplicada de forma ampla, embora ajustes e negociações ainda possam ocorrer.

A nova política tarifária faz parte das promessas de campanha do republicano e foi batizada por ele de “Dia da Libertação”, em referência à redução da dependência dos EUA em relação a importações.

Um dos pilares da medida é a adoção de tarifas recíprocas, ou seja, taxas equivalentes às que os produtos norte-americanos enfrentam em outros mercados.

O governo Trump argumentava que países que impõem barreiras comerciais aos EUA seriam submetidos a condições semelhantes.

Bolsas de Ásia e Europa em queda

O Brasil está na lista dos 113 países que serão atingidos com as menores tarifas a serem cobradas sobre importações dos EUA. Ao todo, as nações abaixo serão tarifadas em 10%, o patamar mínimo implementado pelo presidente norte-americano.

Nesta quinta, o efeito do novo “tarifaço” de Trump é sentido nos mercados mundo afora. Na Ásia, os principais índices das bolsas de valores despencaram e, na Europa, os indicadores operavam no vermelho.

União Europeia prepara resposta

Nesta quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia (UE) está preparando medidas de resposta em retaliação aos EUA.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, por sua vez, adotou um tom mais comedido e disse que o país reagirá com “cabeça fria e calma” diante do “tarifaço” norte-americano.

Em discurso mais cedo, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, defendeu que a autoridade monetária do bloco seja “extremamente prudente” na condução de suas políticas sobre a taxa de juros.

Veja como ficou a taxação em cada país

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