Dólar recua com mercado esperando “pistas” sobre juros nos EUA
Na véspera, o dólar teve alta de 0,29%, cotado a R$ 5,712. Investidores também estão atentos a possível acordo entre Rússia e Ucrânia
atualizado
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O dólar operava em queda na tarde desta terça-feira (18/2), em um dia com agenda de indicadores econômicos mais esvaziada, no qual os mercados acompanham pronunciamentos de autoridades do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).
O que aconteceu
- Às 12h17, o dólar caía 0,61%, a R$ 5,677.
- Mais cedo, às 11h40, a moeda norte-americana recuava 0,19% e era negociada a R$ 5,701.
- Na véspera, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,712.
- Com o resultado, a moeda acumula perdas de 2,15% no mês e de 7,57% no ano.
Discursos e ata do Fed
As atenções dos investidores seguem voltadas para os EUA, com expectativa sobre discursos que serão feitos nesta terça-feira por integrantes do Banco Central norte-americano.
O mercado financeiro já começou a projetar a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed.
No fim de janeiro, na primeira reunião do Fomc desde a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, o colegiado anunciou a manutenção dos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.
A decisão interrompeu um ciclo de três quedas consecutivas dos juros nos EUA, que começou em setembro do ano ado – o primeiro corte em cinco anos.
Desde então, o BC dos EUA sempre deixou claro que era necessário manter a cautela e analisar cuidadosamente os indicadores econômicos para tomar suas decisões de política monetária.
Na semana ada, durante audiência no Senado dos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a autoridade monetária não deve ter “pressa” para voltar a baixar a taxa básica de juros no país.
A ata da reunião do Fomc será divulgada na quarta-feira (19/2).
Acordo entre Rússia e Ucrânia?
Ainda no cenário internacional, os investidores seguem com atenção os desdobramentos de reuniões entre algumas das principais lideranças políticas da Europa sobre a costura de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que estão em guerra há 3 anos.
Na segunda-feira (17/2), houve uma reunião convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris, para discutir com líderes europeus uma possível interrupção do conflito.
Em relatório divulgado na semana ada, o Goldman Sachs avaliou que um possível acordo de paz entre russos e ucranianos teria potencial para diminuir as incertezas econômicas e os preços de energia em toda a Europa, além de aumentar a confiança do consumidor.
O que preocupa os investidores, por outro lado, são as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas extras aos produtos europeus, ampliando o risco de uma guerra comercial global.
No primeiro pregão da semana, os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam em alta.
Nesta terça-feira, estão previstas reuniões entre autoridades de EUA e Rússia, na Arábia Saudita, para discutir a guerra. Não haverá representantes ucranianos no encontro.
Bolsa de Valores
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em leve alta nesta terça-feira.
Por volta das 12h20, após alternar perdas e ganhos, o indicador avançava 0,27%, aos 128,8 mil pontos.
No dia anterior, o Ibovespa fechou com ganhos de 0,26%, aos 128,5 mil pontos.
Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,9% em fevereiro e de 6,87% em 2025.