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Na última reunião de março, o Copom indicou que deve promover uma nova elevação da Selic no próximo encontro do órgão, previsto para os dias 6 e 7 de maio. “Tendo aumentado os juros em 375 pontos base (o equivalente a 3,75 pontos percentuais) desde o início do ciclo, e com mais uma alta prometida para maio, o cenário demandará prudência por parte do Banco Central”, dizem os economistas. Isso porque uma nova elevação da Selic, dentro da atual conjuntura, pode ter um efeito maior do que o desejável no desaquecimento da economia. 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Como o tarifaço de Trump pode ajudar Lula na batalha contra os juros

Para economistas, Copom deve analisar com prudência novo cenário global e avaliar uma interrupção prematura do ciclo de alta da Selic

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Presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante um evento de anúncio comercial "Make America Wealthy Again" no Rose Garden na The White House --Metrópoles
1 de 1 Presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante um evento de anúncio comercial "Make America Wealthy Again" no Rose Garden na The White House --Metrópoles - Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

O anúncio das novas tarifas sobre produtos importados, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira (2/4), tende a provocar efeitos inesperados no Brasil. Um deles é eventualmente antecipar o fim ao ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic – constante alvo de críticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

É isso o que mostra uma análise dos economistas Rafaela Vitoria e André Valério, ambos do Banco Inter, sobre os efeitos do tarifaço de Trump. Para os dois especialistas, o quadro global, que já era complexo, tornou-se ainda mais incerto.

Com isso, os técnicos acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), deve, inicialmente, “averiguar o impacto combinado das medidas de aperto monetário (ou seja, a nova alta de juros) e dos eventos internacionais”. Na última reunião de março, o Copom indicou que deve promover uma nova elevação da Selic no próximo encontro do órgão, previsto para os dias 6 e 7 de maio.

“Tendo aumentado os juros em 375 pontos base (o equivalente a 3,75 pontos percentuais) desde o início do ciclo, e com mais uma alta prometida para maio, o cenário demandará prudência por parte do Banco Central”, dizem os economistas. Isso porque uma nova elevação da Selic, dentro da atual conjuntura, pode ter um efeito maior do que o desejável no desaquecimento da economia.

Queda iminente

“Assim, podemos ter o fim do ciclo de alta de juros na próxima reunião”, afirmam Rafaela e Valério. “Mantemos a nossa projeção de um aumento de 50 pontos em maio (o equivalente a 0,50 ponto percentual), mas podemos ver uma precificação no mercado de uma alta menor, a depender do desenvolvimento dos fatos nos próximos dias.”

O fato do Brasil ter sido taxado pelo piso de 10% das novas tarifas, acrescentam os especialistas, “coloca as exportações brasileiras para os Estados Unidos em posição privilegiada, podendo ganhar em participação de mercado”. “Além disso, caso haja retaliações por parte dos outros países, o Brasil pode observar um aumento na demanda por suas exportações.”

Real forte

O real deve também se fortalecer. “A moeda brasileira pode surfar a onda de desvalorização global do dólar”, afirma a análise. “Por outro lado, os juros futuros podem cair, acompanhando o movimento global, mas isso não é necessariamente uma boa notícia, pois reflete uma visão de recessão na economia americana, o que pode se transformar em uma recessão global, especialmente se houver retaliação por parte dos outros países.”

No geral, a avaliação de Rafaela e Valério sobre as medidas anunciadas por Trump é bastante negativa. “De recíprocas as tarifas não tem nada”, apontam. “Havia a expectativa de que elas seriam uniformes para todos os países, e o mercado esperava algo entre 10% e 20%. De fato, Trump anunciou uma tarifa uniforme de 10%. Mas o que pegou todos de surpresa é que essa alíquota seria um valor mínimo e acumulativo.”

Medidas duras

“Por exemplo, a tarifa anunciada para as importações chinesas foi de 34%, que se somará aos 20% já em prática desde o início do mandato de Trump, tornando a tarifa efetiva em 54% para produtos chineses. Elas também acumulam com as tarifas sobre aço e sobre veículos, previamente anunciadas.  Assim, as medidas foram muito mais duras do que o esperado.”

“Cabe mencionar a forma como essas tarifas foram calculadas, que não tem base alguma na teoria econômica e tampouco tenta otimizar nem o impacto na balança comercial, nem o potencial arrecadatório”, diz a análise. “O que o time de Trump fez foi simplesmente pegar o saldo comercial que os Estados Unidos tem com cada país e dividir pelo montante que os americanos importam desse país.”

Métrica errônea

Os economistas observam que “essa métrica não significa absolutamente nada em termos de barreiras comerciais”. “Para ilustrar, considere os casos de Brasil e de Singapura, que receberam a tarifa mínima de 10%”, dizem. “O Brasil está entre os países que mais tarifam as importações no mundo, podendo chegar a 60% do valor do bem, sendo que ainda incorrem os impostos estaduais, como o ICMS, que pode levar a tarifa efetiva para 100% do valor do bem. Por outro lado, Singapura é conhecido como um dos países mais abertos ao comércio internacional, com uma tarifa efetiva de importação de apenas 0,22% em 2022.”

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