Trump comemora volta do tarifaço e acusa juízes: “É puro ódio?”
Justiça restabeleceu tarifaço de Trump após suspensão por menos de 24h. Decisão anterior viu medida como ilegal por excesso de autoridade
atualizado
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, comemorou o reestabelecimento do tarifaço, imposto por ele, após menos de 24 horas de suspensão da medida econômica. Em publicação na própria rede social (Truth Social), ele ainda atacou juízes do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, responsável pela decisão que revogou as tarifas comerciais nessa quarta (28/5).
“O Tribunal de Comércio Internacional dos EUA incrivelmente decidiu contra os Estados Unidos da América em relação a tarifas urgentemente necessárias, mas, felizmente, o completo de 11 juízes do Tribunal de Apelações do Circuito Federal dos EUA acaba de suspender a decisão do Tribunal de Comércio Internacional, sediado em Manhattan”, escreveu.
De acordo com ele, a revogação do tarifaço seria uma reação de “puro ódio ao Trump”.
“De onde vêm esses três juízes iniciais? Como é possível que eles tenham causado um dano potencial tão grande aos Estados Unidos da América? Será que é puro ódio ao ‘TRUMP’? Que outro motivo poderia haver">
Tarifaço de Trump
- Em abril, Donald Trump anunciou uma série de tarifas recíprocas contra diversos países ao redor do mundo.
- A medida, segundo o presidente dos EUA, visava proteger os interesses norte-americanos.
- As taxas atingiram mais de 180 países, inclusive regiões inabitadas, como as Ilhas Heard e McDonald.
- No início de abril, Trump chegou a recuar. Na ocasião, ele reduziu as taxas impostas contra o mundo para 10%, e suspendeu as tarifas para países que não retaliaram os EUA. A medida tem validade de 90 dias.
Na quarta, o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA havia suspendido as taxas propostas pelo líder do país. A justificativa da Corte foi de que as tarifas, impostas em 2 de abril, eram ilegais por excesso de autoridade. Entre as taxas suspensas estavam as aplicadas contra China, México e Canadá, no início do ano, além do pacote de tarifas anunciadas no “Dia da Libertação”.
A decisão, no entanto, acabou revogada pela Corte de Apelações, que favoreceu o governo norte-americano.
