Rússia mobilizou forças nucleares para região báltica, acusa Lituânia
A movimentação ocorre após ameaça russa em represália ao possível ingresso da Finlândia e da Suécia na Otan
atualizado
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O exército russo teria dado início, segundo o ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, à mobilização de forças nucleares para a região báltica, onde estão a Estônia, a Letônia e a Lituânia. A movimentação ocorre após ameaça russa em represália ao possível ingresso da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Na tarde desta quinta-feira (14/4), Anusauskas foi categórico. “A Rússia já possui armas nucleares na região do Báltico”, comunicou.
Ele detalhou que o armamento já foi enviado pela Rússia ao enclave russo de Kaliningrado, no mar Báltico, antes mesmo do início da guerra da Ucrânia, em 24 de fevereiro. O local fica entre a Lituânia e a Polônia, dois membros da Otan.
“As atuais ameaças da Rússia parecem um pouco estranhas, porque sabemos que, mesmo sem a atual situação de segurança, eles mantêm uma arma a 100 quilômetros da fronteira da Lituânia”, frisou.
Antes, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev – um dos mais próximos interlocutores do presidente Vladimir Putin –, fez o alerta. “Não se poderá falar mais de um Báltico livre de armas nucleares, o equilíbrio tem de ser reposto”, resumiu.
“Até hoje, a Rússia não tomou tais medidas e não iria. Mas, se nossa mão for forçada… Tome nota de que não fomos nós que propusemos isso”. Medvedev foi presidente da Rússia entre 2008 a 2012.
Uma cúpula da Otan está prevista para 29 e 30 de junho em Madri, na Espanha. Analistas acreditam que a candidatura da Finlândia será anunciada até lá.