Ucrânia acusa Rússia de forçar adoção ilegal de crianças refugiadas
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14/4), ministério ucraniano disse que a Rússia se envolveu no “deslocamento ilegal e forçado”
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU) para facilitar o retorno de crianças que teriam sido “ilegalmente deportadas” para a Rússia.
O país acusa as tropas russas de deportar à força milhares de crianças das regiões separatistas pró-Rússia de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14/4), o ministério disse que a Rússia se envolveu no “deslocamento ilegal e forçado” de crianças ucranianas – “entre elas, órfãs, crianças privadas de cuidados parentais, bem como crianças cujos pais morreram como resultado da agressão militar russa”, em todo o território local.
O documento completa: “Violando o direito internacional humanitário e os padrões básicos de humanidade, a Rússia está envolvida no sequestro de crianças organizado pelo Estado e na destruição do futuro da nação ucraniana”.
Para o governo ucraniano, essas ações podem ser qualificadas como sequestro. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nega as acusações.
Negociações
O governo russo exige o esboço de um hipotético tratado de paz para reunir os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia.
Ao conversar com repórteres nesta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, condicionou o encontro ao que chamou de “texto pronto” para ser assinado.
“O presidente [Putin] nunca recusou tal reunião, mas as condições adequadas devem estar preparadas, nomeadamente o texto do documento”, explicou.
Por diversas vezes, Zelensky pediu para se encontrar com Putin e negociar um possível acordo de paz. Até então, apenas as demais autoridades dos governos e os chefes da diplomacia de cada país participaram das discussões.
Nesta quinta-feira, a guerra na Ucrânia completa 50 dias. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 1,9 mil pessoas morreram no conflito. Mais de 4 milhões de pessoas fugiram do país.