Rússia diz ter enviado delegação a Belarus para negociar com a Ucrânia
Presidente ucraniano, no entanto, afirma que negociação não poderá ser feita no país, que abriga tropas russas
atualizado
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O governo russo afirma ter enviado uma delegação a Belarus para discutir termos de um acordo de paz com a Ucrânia, neste domingo (27/2). A capital ucraniana, Kiev, fica a cerca de 150 quilômetros da fronteira bielorrussa.
“A Rússia está pronta para negociações em Gomel. Agora, Moscou aguarda os ucranianos”, disse o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, à agência estatal de notíciais russa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no entanto, afirmou que “a Ucrânia quer paz, mas não pode negociar em Belarus, que a Rússia está usando para atacar.”
Belarus era parte da ex-União Soviética, e é um aliado importante da Rússia. Autoridades ucranianas acreditam que o país tenha sido usado para a invasão, uma vez que um contingente militar russo se posicionou no território bielorrusso semanas antes do início da guerra para um exercício.
Zelensky afirma que a Ucrânia já ofereceu iniciar negociações em Varsóvia, na Polônia; Istambul, na Turquia; ou em Baku, no Azerbaijão. “Nessas ou em qualquer outra cidade onde mísseis não estejam sendo lançados contra a Ucrânia”, finalizou.
Minsk, capital de Belarus foi palco de negociações para o cessar-fogo ucraniano após conflitos com a Rússia em 2014 e em 2015.
Conflito se intensifica na Ucrânia
A Ucrânia viveu nesse sábado (26/2) os momentos mais críticos desde o início dos ataques russos. O terceiro dia de confronto atingiu civis em vários pontos de Kiev.
Putin ordenou uma “ofensiva total” contra a Ucrânia. Houve ainda a aproximação de tropas russas da usina nuclear de Zaporizhzhia, cidade distante 560 quilômetros de Kiev. A situação deixou o governo ucraniano em alerta máximo. Os militares já controlam a icônica Chernobyl, palco de um grave acidente em 1986.
A Rússia não saiu totalmente ilesa. A comunidade internacional fez movimentações político-diplomáticas importantes. A principal delas foi a exclusão de bancos do país do principal sistema bancário global, conhecido como Swift.