Joe Biden acusa Vladimir Putin de cometer “genocídio” na Ucrânia
É a primeira vez que o presidente norte-americano usa o termo em relação ao líder russo e aos ataques feitos contra o território ucraniano
atualizado
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Autoridades norte-americanas evitaram, até então, usar o termo “genocídio” para se referir aos ataques da Rússia contra o território ucraniano. Entretanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, citou essa palavra em um discurso e a repetiu posteriormente em pronunciamento para jornalistas. Segundo o político estadunidense, Vladimir Putin, líder russo, tenta “acabar com a ideia de até mesmo ser ucraniano”.
Biden participava de um evento sobre o uso de etanol na gasolina, em Iowa, quando mencionou o termo pela primeira vez. “O orçamento familiar e a capacidade de encher o tanque de uma pessoa: nada deve depender de um ditador declarar guerra e cometer genocídio a meio mundo de distância”, disparou o presidente.
Mais tarde, ao ser questionado por jornalistas sobre o assunto, Biden repetiu: “Sim, eu chamei essa situação de genocídio, porque está cada vez mais claro que Putin tenta acabar com a ideia de ser ucraniano. As evidências estão aumentando”.
“Surgem cada vez mais evidências das coisas horríveis que os russos fizeram na Ucrânia. E, agora, vamos saber mais e mais sobre a devastação. Os advogados vão decidir, internacionalmente, se a situação se qualifica ou não (como genocídio), mas tenho certeza de que parece assim para mim”, concluiu o norte-americano.
Ainda em fevereiro, o Tribunal Penal Internacional em Haia decidiu investigar o caso. Segundo o promotor responsável pela apuração, há “base razoável para acreditar que tanto supostos crimes de guerra quanto crimes contra a humanidade foram cometidos na Ucrânia”.
A Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, de 1948, definiu como genocídio “qualquer um dos seguintes atos cometidos com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.
Beco sem saída
Enquanto isso, Putin praticamente condenou qualquer chance de um acordo de paz com os ucranianos, ao afirmar que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelemsky, “fabrica” provas de supostos crimes de guerra. O líder russo ressaltou que os objetivos do conflito são “claros e nobres”, e prometeu que tropas russas vão alcançá-los na Ucrânia.
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