Biden se reúne com líderes globais após anúncio de cessar-fogo
Nesta terça (29/3), representantes de Rússia e Ucrânia fizeram uma nova rodada de conversas em Istambul, na Turquia
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu-se com quatro líderes globais após o anuncio de cessar-fogo da Rússia contra a Ucrânia.
Nesta terça-feira (29/3),o país liderado pelo presidente Volodymyr Zelensky cedeu e itiu que pode adotar um status de neutralidade sobre o ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Já a nação comandada por Vladimir Putin se comprometeu a diminuir os bombardeios.
Negociadores se reuniram em Istambul, na Turquia. A quinta rodada de conversas foi a única, até então, a apresentar resultados práticos para o conflito.
O teor da conversa de Biden não foi divulgado. A Casa Branca confirmou a participação do presidente da França, Emmanuel Macron; do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; e dos primeiros-ministros da Itália, Mario Draghi; e da Inglaterra, Boris Johnson.
Mais sanções
Os Estados Unidos anunciaram, sem detalhar, novas sanções a contra a economia da Rússia. Agora, “cadeias de abastecimento” serão afetadas, afirmou o vice-secretário do Tesouro dos norte-americano, Wally Adeyemo.
“Além de sanções a empresas em setores que permitem as atividades malignas do Kremlin, também planejamos adotar medidas para afetar suas cadeias críticas de abastecimento”, frisou durante visita a Londres.
As negociações
O negociador ucraniano, Mykhailo Podolyak, anunciou que a Ucrânia apresentou uma proposta para a Rússia de negociar politicamente o território da Crimeia, que foi invadido pelos russos em 2014. Ele condicionou as conversas a um cessar-fogo completo na região.
Com o status neutro, a Ucrânia não pode se unir a alianças militares como a Otan nem hospedar bases militares em seu território.
Representantes ucranianos indicaram que houve avanços também para um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.
Menos ataques
O vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, garantiu que as tropas do país vão reduzir “radicalmente” os ataques em Kiev, capital ucraniana.
“No sentido de fortalecer a confiança mútua e criar condições necessárias para negociações futuras e alcançar o objetivo final de um acordo, tomamos a decisão de reduzir radicalmente e por uma ampla margem as atividades militares nas direções de Kiev e Chernihiv”, destacou após a reuião.
A mudança já havia sido anunciada na última semana, quando a Rússia itiu que focaria a atividade militar no Leste da Ucrânia, sobretudo na região separatista pró-Rússia de Donbass.