“Comecei a chorar”: grupo fica preso por 2h em elevador após apagão
Espanha está entre os países atingidos por um apagão geral nesta segunda (28/4). Portugal e França também sofrem às escuras
atualizado
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Um grupo de seis pessoas — cinco estudantes e um professor — ficou preso por duas horas em um elevador na Escola de Design e Artes Visuais LCI, em Barcelona, na Espanha, devido ao apagão geral. Alguns dos estudantes sofreram ataques de ansiedade devido à claustrofobia e à falta de ar.
Um apagão geral atinge vários países da Europa nesta segunda-feira (28/4) desde 12h30, no horário local (por volta de 7h30 no horário de Brasília). Na Espanha, aeroportos e metrôs inteiros pararam nas principais cidades. Madri declarou estado de emergência nível 2 — a emergência vai até nível 3.
“Comecei a chorar”, contou a estudante Clara, uma das pessoas que ficaram presas no elevador, ao jornal espanhol El País. A campainha de emergência estava fora de serviço e o grupo precisou gritar por ajuda.
Embora o protocolo impeça que qualquer um agisse – já que se a energia voltasse repentinamente, as portas poderiam falhar -, professores resgataram os alunos usando um objeto de metal para forçar a abertura das portas do elevador e libertar as seis pessoas presas.
Dados da rede elétrica espanhola, a Red Eléctrica, mostram uma queda enorme em questão de segundos. Cidades inteiras, incluindo Sevilha, Barcelona e Pamplona, também continuam afetadas.
A empresa espanhola afirmou ter ativado os planos para restaurar o fornecimento, com “todos os recursos dedicados à solução” da interrupção. O restabelecimento de energia pode levar de 6 horas a 10 horas.
Relatos nas redes sociais ainda indicam falta de energia em diversas cidades portuguesas, entre elas Lisboa. A França também registrou falta de energia.
A extensão exata das interrupções e o número de pessoas afetadas ainda não claros. Estima-se que pelo menos 50 milhões de pessoas foram atingidas.
Apesar de ainda não se saber as causas do apagão, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida afirmou que a falta de energia pode ter sido provocado por um ciberataque.
