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Leia também Na Mira Polícia Civil procura mais um suspeito de participar de chacina no DF Na Mira PCDF pede apreensão de adolescente suspeito de envolvimento em chacina Distrito Federal Chacina: envio do DNA de Marcos ajudou na identificação de Renata e Gabriela Distrito Federal Adolescente e adulto suspeitos de participar de chacina são liberados Na delegacia, o suspeito alegou que acreditava envolver “uma mudança normal” e que, inicialmente, não tinha noção do que se tratava. Entre o Natal e o Ano-Novo, o jovem foi com Carlomam e o segundo preso por envolvimento na chacina — Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 — até uma chácara no Condomínio Entrelagos, onde buscaram móveis e os levaram para o cativeiro, em Planaltina. Na mudança, o trio usou um Renault Scenic cinza, com engate. Em relato aos investigadores, o adolescente contou que ficou na casa de Planaltina de um dia para o outro. 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Sentindo que algo poderia estar errado, o rapaz mandou prints para Gabriela por mensagens e ou a confrontá-la. 2/1 – Gabriela e a mãe, Renata, enviaram um áudio para o jovem dizendo que um “processo relacionado a um trator do pai dela” – Marcos Antônio, 54 – teve “problemas” e que, por esse motivo, a família precisou fugir. Desde então, não responderam mais. Preocupado, o jovem entrou em contato com Thiago, 30, irmão de Gabriela, que teria dito a ele “não saber de nada”. Dias depois, Thiago o teria procurado solicitando os documentos da mãe – Renata. Neste momento, ainda segundo relatou o menino à polícia, na tentativa de encaminhar a conversa dos dois para um terceiro, Thiago a reencaminhou, por engano, ao próprio cunhado, com quem conversava. Ao perceber o erro, o marido de Elizamar apagou a mensagem imediatamente. 11/1 – Após tentativas frustradas de falar com a namorada, o jovem contatou Thiago para efetuar a devolução dos documentos de Renata. 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Segundo os criminosos, as mortes teriam sido motivadas por R$ 500 mil. 17/1 – Polícia prende Fabrício Silva Canhedo, 34 anos, terceiro envolvido no crime. 18/1 – Polícia diz que corpos encontrados em carro carbonizado em Unaí pertencem a mulheres. 18/1 – Corpo é encontrado em cativeiro onde parte de membros da família eram mantidos em cárcere. 18/1 – PCDF descarta envolvimento de pai e filho em chacina de família. 19/1 – Corpos encontrados em carro carbonizado em Luziânia são de Elizamar e três filhos. 19/1 – Corpo encontrado em cativeiro é de Marcos Antônio, sogro de Elizamar. 20/1 – Perícia encontra sangue em sacola e respingos no chão de cativeiro 22/1 – Polícia identifica e busca quarto suspeito por participação no crime: Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos. O Metrópoles apurou que Carlomam é integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) enquanto ficou preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em 2018. 23/1 – Um bilhete encontrado dentro do cativeiro teria atraído Elizamar e a família para a morte. 23/1- Polícia apreende mais um carro ligado a suspeitos de chacina de família. 24/1 – Um vídeo obtido pela PCDF mostra Carlomam Santos Nogueira, 26 anos, em celebração com Fabrício Silva Canhedo, 34. 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Chacina: adolescente revela que viu vítimas vendadas e assassinos abrirem covas

Jovem suspeito afirmou que foi contratado para “ajudar em uma mudança” e recebeu R$ 2 mil pelos serviços

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Fachada de casa em Planaltina usada como cativeiro de vítimas de família assassinada em chacina no Distrito Federal. Na porta, é possível ver um carro da PCDF, dos Bombeiros e um agente parado na frente - Metrópoles
1 de 1 Fachada de casa em Planaltina usada como cativeiro de vítimas de família assassinada em chacina no Distrito Federal. Na porta, é possível ver um carro da PCDF, dos Bombeiros e um agente parado na frente - Metrópoles - Foto: Marcus Rodrigues/Metrópoles

Um adolescente de 17 anos, suspeito de envolvimento na chacina que vitimou 10 pessoas da mesma família, revelou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) detalhes da barbárie. A coluna Na Mira apurou que o jovem disse ter visto quando dois dos executores abriram uma cova na casa que serviu de cativeiro para as vítimas.

O adolescente acrescentou que ouviu duas mulheres, possivelmente vendadas, conversarem. Uma das vítimas assassinadas, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54 anos, também estaria no local.

O jovem, morador do Itapoã, narrou que conhecia um dos principais executores das vítimas, Carlomam dos Santos Nogueira, há cerca de um ano. O adolescente disse que, no Natal, foi procurado pelo suspeito foragido para fazer uma mudança e que receberia, em troca dos serviços prestados, R$ 5 mil.

Na delegacia, o suspeito alegou que acreditava envolver “uma mudança normal” e que, inicialmente, não tinha noção do que se tratava. Entre o Natal e o Ano-Novo, o jovem foi com Carlomam e o segundo preso por envolvimento na chacina — Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 — até uma chácara no Condomínio Entrelagos, onde buscaram móveis e os levaram para o cativeiro, em Planaltina.

Na mudança, o trio usou um Renault Scenic cinza, com engate. Em relato aos investigadores, o adolescente contou que ficou na casa de Planaltina de um dia para o outro. No local, além do jovem, estavam Horácio, Carlomam e Gideon Batista de Menezes, 55 — o primeiro preso.

Divisão de tarefas

A função do adolescente era descarregar a mudança e cuidar dos itens. Contudo, o jovem teria descoberto a presença de duas mulheres na casa, mas não soube dizer os nomes das vítimas. Ele acreditava que ambas estavam de olhos vendados, porque escutou uma conversa entre elas.

O investigado contou que, quando ou a noite da casa, ouviu um diálogo que dava a entender que Marcos Antônio também estava no imóvel. Em outro momento, o adolescente afirmou que viu Horácio cavar um buraco. O jovem contou que se assustou e fugiu da casa.

Dois dias depois, recebeu R$ 2 mil de Horácio, como pagamento por ter ajudado na mudança. Semanas depois, a polícia encontrou o corpo de Marcos Antônio esquartejado e enterrado no imóvel, além de três cadáveres em uma cisterna: os de Cláudia Regina Marques de Oliveira, 55; de Ana Beatriz Marques de Oliveira, 19; e de Thiago Gabriel Belchior, 30.

Entenda o caso

A reportagem cruzou depoimentos de suspeitos de envolvimento no crime, bem como relatos de familiares e testemunhas à polícia, para explicar a cronologia dos fatos.

Confira:

25/12 – Segundo relatou o namorado de Gabriela à polícia, ele ou o Natal com os familiares da jovem e retornou para casa dois dias depois. Na ocasião, os documentos da sogra, Renata, 52, teriam ficado com ele.

28/12 – Conforme depoimento, Gabriela não entrou em contato durante todo o dia; à noite, voltou a responder ao companheiro, informando que precisou fazer uma viagem de última hora, pois o “pai teria de fazer alguns exames”.

31/12 – Após dois dias seguidos sem responder, Gabriela, 25, teria mandado uma mensagem de áudio para o namorado dizendo que retornaria para casa em 1º de janeiro. Desconfiado da história, o jovem, então, teria checado um aplicativo de localização, que divide com a companheira, e verificado que o celular dela, com o qual os dois se comunicavam, estava em Planaltina. Sentindo que algo poderia estar errado, o rapaz mandou prints para Gabriela por mensagens e ou a confrontá-la.

2/1 – Gabriela e a mãe, Renata, enviaram um áudio para o jovem dizendo que um “processo relacionado a um trator do pai dela” – Marcos Antônio, 54 – teve “problemas” e que, por esse motivo, a família precisou fugir. Desde então, não responderam mais.

Preocupado, o jovem entrou em contato com Thiago, 30, irmão de Gabriela, que teria dito a ele “não saber de nada”. Dias depois, Thiago o teria procurado solicitando os documentos da mãe – Renata. Neste momento, ainda segundo relatou o menino à polícia, na tentativa de encaminhar a conversa dos dois para um terceiro, Thiago a reencaminhou, por engano, ao próprio cunhado, com quem conversava. Ao perceber o erro, o marido de Elizamar apagou a mensagem imediatamente.

11/1 – Após tentativas frustradas de falar com a namorada, o jovem contatou Thiago para efetuar a devolução dos documentos de Renata. Thiago, então, enviou a localização da casa onde mora, em Santa Maria. Contudo, e novamente, outra intercorrência atrapalhou o plano. Esta, segundo o rapaz, foi a última vez em que conseguiu conversar com o cunhado.

Dias depois, tentou contatar novamente Thiago, mas não teve retorno. Por isso, resolveu ir até a casa onde vivia Gabriela, mas nada lá encontrou.

12/1 – Elizamar desaparece com os filhos após dirigir até a casa do sogros para buscar o marido Thiago.

13/1 – Ao não conseguir contatar a mãe, a filha de Elizamar consegue conversar com Thiago. Segundo a menina, o padrasto teria dito que “teve uma discussão com a esposa” e que ela teria ido embora sem ele. Conforme o depoimento, Thiago teria dito, ainda, que estava “arrumando as coisas para viajar com o pai”.

13/1 – Carro de Elizamar, um Clio preto, é encontrado carbonizado com quatro corpos dentro na rodovia GO-436, Km 69, localizado em Luziânia-GO.

13/1 – Núbia, irmã de Renata – sogra de Elizamar –, disse que a mulher mandou um áudio no grupo da família, por volta das 21h, informando que estava em um evento conhecido como vaquejada e que retornaria à casa no dia seguinte (sábado).

14/1 – Filho de Elizamar registra o desaparecimento da mãe e dos três irmãos mais novos: os gêmeos Rafael e Rafaela da Silva, 6 anos, e Gabriel da Silva, 7.

14/1 – Um Siena, em nome de Marcos Antônio, é encontrado carbonizado com duas pessoas dentro na BR-251, altura de Unaí (MG).

15/1 – Núbia registra boletim de ocorrência indicando o desaparecimento da irmã, Renata; do marido dela, Marcos Antônio; e dos filhos do casal, Gabriela e Thiago.

Inteligência da Polícia Civil de três estados cruza dados de boletins de desaparecimentos registrados e placas de carros carbonizados.

16/1 – Boletim de ocorrência é registrado indicando o desaparecimento de Cláudia Regina Marques de Oliveira e Ana Beatriz Marques de Oliveira.

17/1 – Polícia prende dois suspeitosGideon Batista de Menezes, 55 anos, e Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 anos.

17/1 – Suspeitos apontam Marcos e Thiago como mandantes dos assassinatos. Segundo os criminosos, as mortes teriam sido motivadas por R$ 500 mil.

17/1 – Polícia prende Fabrício Silva Canhedo, 34 anos, terceiro envolvido no crime.

18/1 – Polícia diz que corpos encontrados em carro carbonizado em Unaí pertencem a mulheres.

18/1 – Corpo é encontrado em cativeiro onde parte de membros da família eram mantidos em cárcere.

18/1 – PCDF descarta envolvimento de pai e filho em chacina de família.

19/1 – Corpos encontrados em carro carbonizado em Luziânia são de Elizamar e três filhos.

19/1 – Corpo encontrado em cativeiro é de Marcos Antônio, sogro de Elizamar.

20/1 – Perícia encontra sangue em sacola e respingos no chão de cativeiro

22/1 – Polícia identifica e busca quarto suspeito por participação no crime: Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos. O Metrópoles apurou que Carlomam é integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) enquanto ficou preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em 2018.

23/1 – Um bilhete encontrado dentro do cativeiro teria atraído Elizamar e a família para a morte.

23/1- Polícia apreende mais um carro ligado a suspeitos de chacina de família.

24/1 – Um vídeo obtido pela PCDF mostra Carlomam Santos Nogueira, 26 anos, em celebração com Fabrício Silva Canhedo, 34. Os dois já se conheciam antes do crime.

24/1 – Três corpos são identificados na cisterna de uma casa abandonada no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina, a cerca de 5 km do cativeiro onde vítimas da chacina no DF foram mantidas reféns.

24/1 – PCDF a a seguir tese de que integrantes da mesma família teriam sido vítimas de extorsão.

24/1 – Equipe de necropapiloscopia constatou que dois dos três corpos encontrados em cisterna são de Thiago Gabriel Belchior e Cláudia Regina Marques de Oliveira.

24/1 – Perícia confirma que corpos encontrados em carro carbonizado em Unaí, Minas Gerais, são de Renata e Gabriela.

24/1 – Um adolescente de 17 anos foi encaminhado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) por suspeita de envolvimento na chacina. Em depoimento informal a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o rapaz teria dito que recebeu R$ 2 mil e, depois, ganharia mais R$ 3 mil de Horácio Barbosa para ajudar no plano criminoso.

25/1 – Polícia Civil procura mais um suspeito de participar de chacina no DF.

25/1 – Terceiro corpo encontrado dentro de cisterna é de Ana Beatriz Marques de Oliveira.

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