Lula volta ao Distrito Federal na próxima 5ª feira (28/7)

Concorrendo ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará ao Distrito Federal nesta quinta-feira (28/7). A informação foi divulgada neste domingo (24/7) por Gilberto Carvalho durante o convenção da Federação Brasil da Esperança, na Asa Norte.

Gilberto Carvalho é uma das principais lideranças do PT nacional e é um personagem próximo do ex-presidente. Nesta nova vinda ao DF, Lula vai participar de evento na Universidade de Brasília (UnB). Será um ato da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a princípio às 11h.

Segundo Carvalho, na última visita ao DF, o ex-presidente ficou impressionado com a militância e a chapa local da federação. “Lula saiu daqui muito feliz. Muito impressionado com o Leandro e com a Rosilene”, contou.

A convenção oficializou os nomes de Leandro Grass (PV) e Olgamir Amancia (PCdoB) para disputar os cargos de governador e vice-governadora do DF. Também chancelou Rosilene Corrêa (PT) como concorrente ao Senado Federal. O evento ainda definiu a chapa proporcional para os cargos de deputado federal e distrital.

Lula lidera nas pesquisas nacionais de intenção de voto, mas fez um alerta, destacando que a eleição não está ganha. O PT identificou, por exemplo, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve um crescimento expressivo em Niterói (RJ) justamente com o trabalho de apoiadores do segmento evangélico em comunidades carentes da região. Movimentos semelhantes foram detectados em diversos pontos do Brasil e estão se intensificando.

Para Carvalho, independentemente da eleição, os partidos da esquerda abandonaram o trabalho de base junto aos mais pobres. E este vácuo foi ocupado pelo segmento evangélico. Por isso, o dirigente defende a aproximação com os evangélicos e as igrejas, bem como a reconstrução de projetos progressistas para apoiar diretamente as comunidades carentes.

“Não generalizemos. Os evangélicos são hoje uma presença em toda a periferia do Brasil. E são eles que muitas vezes cuidam dos pobres. O afastamento que nós tivemos da periferia, em grande parte foi preenchido por eles. Então nós temos que dialogar e tem espaço para dialogar. Dos 20 mil candidatos a vereador que nós tivemos, em 2020, 2,2 mil eram evangélicos e pastores. Então dá para dialogar”, argumentou.

12 imagens

Fechar modal.

1 de 12

Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

Fábio Vieira/Metrópoles

2 de 12

De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles

3 de 12

Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, ou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

Fábio Vieira/Metrópoles

4 de 12

Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

Fábio Vieira/Metrópoles

5 de 12

Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

Ricardo Stuckert

6 de 12

Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

Reprodução/YouTube

7 de 12

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram

8 de 12

Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

Fábio Vieira/Metrópoles

9 de 12

Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

Fábio Vieira/Metrópoles

10 de 12

Após ar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

Fábio Vieira/Metrópoles

11 de 12

Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

Fábio Vieira/Metrópoles

12 de 12

Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

No caso dos projetos próprios progressistas, Carvalho destacou os comitês populares de luta como novas pontes de aproximação e apoio para as comunidades carentes. Independente das eleições, o dirigente defende que a esquerda volte a estar presente ao lado das comunidades mais pobres. Há projetos semelhantes começando no DF, por exemplo.

No DF, Lula e o candidatos da chapa majoritária local ainda não estão nas primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto. Na avaliação do coordenador da campanha de Lula no DF, Geraldo Magela, a eleição não está definida e é preciso batalhar pelos eleitores indecisos, que representam aproximadamente 30% do eleitorado. Por isso, para ele, as pré-campanha precisa de ações nas ruas e nas redes sociais.