Agressões e ameaças eram comuns, dizem parentes de jovem morta por PM
O soldado Ronan Menezes matou a ex-namorada com cinco tiros, atirou contra um professor de academia de ginástica e fugiu
atualizado
Compartilhar notícia

O fim do relacionamento entre Jéssyka Laynara da Silva Souza, 25 anos, e do policial militar Ronan Menezes foi marcado por agressões e ameaças. Antes de tirar a vida dela na sexta-feira (4/5), disparando cinco tiros à queima-roupa, na frente da avó e do irmão da jovem, o soldado já havia lhe dado um soco na cabeça, a empurrado contra o portão e até mesmo apontado uma arma para ela. Os relatos de familiares e amigos indicam que se tratava de uma tragédia anunciada.
Para Simone da Silva, tia e madrinha de Jéssyka, era notório que a história dos dois não ia acabar bem: “Ela disse: ‘madrinha, se eu for até para os Estados Unidos, ele vai me matar'”. Segundo uma amiga que preferiu não revelar o nome, semana ada, Ronan agrediu Jéssyka com um soco violento na cabeça.
Amiga da família, Rafaela Medeiros disse que Jéssyka era formada em istração há cerca de quatros anos, havia sido aprovada no concurso para praças do Corpo de Bombeiros e ajudava uma das tias, dona de uma casa de festas em Ceilândia: “Ela era tranquila, muito família”.
O curso, na unidade do Iesb de Ceilândia, foi feito juntamente com Ronan. Segundo Rafaela, os dois trabalhavam na faculdade antes de começar a graduação.
Professor baleado
Antes de matar Jéssyka, Ronan ou em uma academia de ginástica e disparou três vezes contra o professor Pedro Henrique da Silva Torres, 29 anos. O instrutor ou por uma cirurgia de cinco horas e permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Ele foi baleado na perna, no peito e na mão.
Parentes e amigos afirmaram que Ronan não aceitava o fim do relacionamento. De acordo com eles, Jéssyka e o PM chegaram a ficar noivos e malhavam em uma academia diferente daquela na qual Pedro trabalhava. As duas vítimas, segundo os relatos, se conheciam, mas eram apenas amigos.
Jéssyka foi assassinada na casa dela, na QNO 15, no início da tarde. Os disparos contra Pedro foram dados na academia de ginástica onde ele trabalhava, na EQNO 2/4, minutos antes. O caso é investigado pela 24ª Delegacia de Polícia.
Até as 21h, o militar não havia se entregado e estava sendo procurado por agentes da Polícia Civil. Ele teria sido orientado por advogados a fugir do flagrante. Além disso, familiares e amigos de Jéssyka e Pedro o esperavam na delegacia.
Veja o vídeo do momento em que colegas de Pedro o socorrem na academia. As cenas são fortes: