Veja “mapa” das zonas erógenas do corpo para aumentar o prazer no sexo
O corpo humano tem várias zonas erógenas além das áreas genitais, explorá-las de forma correta pode potencializar o prazer
atualizado
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Quando se fala em relações sexuais, rapidamente as pessoas pensam nas partes íntimas do corpo, como pênis, vagina e seios. Entretanto, reduzir o prazer a essas áreas limita as infinitas possibilidades de prazer que o corpo possibilita.
As zonas erógenas, segundo a sexóloga Bruna Coelho, são áreas do corpo mais sensíveis ao toque e estimulação,gerando respostas de excitação sexual. “A sensibilidade dessas regiões é atribuída a uma maior densidade de terminações nervosas, neurônios capilares e receptores sensoriais”, ensina.
Seja pelo toque direto, seja pelo uso de órios eróticos, o contato com essas zonas aciona as fantasias e provoca sensações intensas, — e que podem até culminar no orgasmo.
O que faz uma parte do corpo ser erógena?
Segundo a especialista, as áreas do corpo erógenas têm maior concentração de receptores, como os mecanorreceptores, que detectam toque, pressão e vibração; os termorreceptores, são sensíveis a variações de temperatura; e os nociceptores, receptores de dor que, em determinados contextos e com estímulos leves, podem contribuir para sensações prazerosas.
Bruna exemplifica que os lábios, mamilos e genitais têm densas redes desses receptores, tornando-os altamente sensíveis a estímulos táteis.
“Não se restringem a apenas partes físicas, mas a regiões no cérebro que processam as sensações táteis, bem como a influência de hormônios sexuais, além de aspectos psicológicos que influenciam na experiência do toque e nas sensações”, explica.
Mapa das zonas erógenas.
Por que não devemos “genitalizar” o prazer?
Quando se encara o corpo todo como uma fonte de prazer, o sexo só pode melhorar, certo? Bruna destaca que existem aspectos subjetivos e particularidades nas sensações. “Lembremo-nos de que a pele é o maior órgão do nosso corpo e, portanto, algumas áreas não tão óbvias podem gerar prazer para alguns indivíduos.”
A profissional destaca que orelha, pescoço e abdômen são regiões não tão óbvias em que as pessoas costumam sentir prazer.
“Os sentidos têm um papel muito importante no processamento do prazer. O estímulo visual é supervalorizado em detrimento de outros”, comenta. “É preciso autoconhecimento e se dispor a explorar os outros sentidos. Muitos se excitam ao ouvir frases provocantes, ou até mesmo com um perfume específico.”
Como descobrir as suas próprias zonas erógenas
Inovar e melhorar a qualidade do sexo nem sempre requer grandes artifícios.
Para fazer do próprio corpo um estimulante poderoso, Bruna sugere começar pelo básico e conhecer sua própria anatomia.
“Entender que cada ser humano tem sua singularidade que deve ser entendida e respeitada. É importante considerar em qual ambiente você se sente mais seguro, confortável… Refletir sobre o que você acha atraente em si e no outro. Se olhar no espelho com calma, se perceber”, recomenda.
Além disso, conhecer as suas zonas erógenas exigirá que você (ou outra pessoa) coloque a mão na massa. Aproveite a deixa para incrementar a masturbação e o sexo. “O autotoque é um excelente caminho para guiar o autoconhecimento sobre o prazer, desde que seja praticado com essa autoconsciência com o corpo, em um ambiente seguro, com conceitos positivos sobre sexualidade.”