Tribunal do crime: quem era integrante do CV morto por esganar mulher
Jovem foi retirado à força de shopping e assassinado por membros da própria facção após ser acusado de feminicídio
atualizado
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Anderson Pereira da Silva, de 29 anos, foi assassinado em 1º de fevereiro deste ano na área externa de um shopping no bairro Sapiranga, em Fortaleza (CE). Ele foi imobilizado com um mata-leão, arrastado para fora do estabelecimento e executado a tiros por integrantes do Comando Vermelho (CV), a facção criminosa à qual ele mesmo pertencia.
A motivação do crime teria sido a suspeita de que Anderson teria matado sua namorada, encontrada morta dentro de casa poucas horas antes. O homicídio foi uma sentença de morte decretada pelo próprio Comando Vermelho, que não aceitou o suposto crime cometido por ele.
De acordo com as investigações, por volta das 12h25, Anderson estava dentro do shopping quando foi abordado por Rodrigo do Nascimento de Souza e Epitacio Santos Silva, que o imobilizaram e agrediram.
Enquanto isso, Diógenes Balbino dos Santos, outro integrante do grupo, ordenava que a vítima fosse levada para fora do shopping, onde as agressões continuaram. Minutos depois, Antônio Edneldo Pereira chegou de bicicleta e efetuou os disparos fatais contra Anderson.
Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do shopping, que captaram o momento em que ele foi retirado à força do local antes de ser morto.
Denúncia do MP
O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou quatro integrantes do Comando Vermelho por homicídio qualificado e por integração em organização criminosa. As qualificadoras do crime incluem motivo torpe, emboscada, perigo comum e uso de arma de fogo de uso .
Os denunciados são:
• Diógenes Balbino dos Santos
• Antônio Edneldo Pereira
• Rodrigo do Nascimento de Souza
• Epitacio Santos Silva
Todos os envolvidos estão presos preventivamente, e Diógenes Balbino dos Santos foi detido em flagrante no dia do crime. O MPCE também solicitou a quebra do sigilo telefônico dos acusados para aprofundar as investigações e pediu a fixação de um valor de reparação pelos danos causados à vítima e sua família.