Boate do CV era usada para lavar dinheiro e como reduto do crime
O dono da boate era responsável por facilitar a lavagem de dinheiro; esquema sustentava operações criminosas do CV
atualizado
Compartilhar notícia

Uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE), no âmbito da Operação Fim de Festa, fechou uma boate em Fortaleza (CE) que servia como ponto de encontro para membros do Comando Vermelho (CV). Além de promover eventos que faziam apologia ao crime organizado, o local era usado para lavar dinheiro, recrutar novos integrantes e encobrir atividades ilícitas como tráfico de drogas e porte de armas.
Segundo informações apuradas pela coluna, a boate possui dois sócios-es: Francisca Patricia dos Santos Falcão e Francisco Bruno Holanda Lima. Um deles foi preso.
Sobre a Operação
De acordo com o MPCE, o dono da boate, agora preso, era responsável por intermediar negociações ilícitas e facilitar a lavagem de dinheiro do crime organizado. Documentos apreendidos indicam que a empresa movimentou cifras milionárias por meio de contas bancárias de laranjas e empresas de fachada, um esquema que sustentava as operações criminosas do CV na capital cearense.
Além das fraudes financeiras, o local era conhecido por episódios de violência, com brigas generalizadas e até registros de tentativas de homicídio durante as festas. O MPCE também apurou que menores de idade eram aliciados no estabelecimento, fortalecendo o poder da facção sobre novas gerações.
Na operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, resultando na coleta de celulares, computadores e máquinas de cartão de crédito. O material será analisado para identificar outros envolvidos no esquema criminoso. O MPCE e a Polícia Civil seguem investigando a extensão da rede criminosa e não descartam novas prisões nos próximos dias.