Assim como a mãe, filhas de Jane Birkin são verdadeiros ícones fashion
Charlotte Gainsbourg e Lou Doillon trilharam caminhos artísticos e fashionistas, tal como Jane Birkin, musa de bolsa Hermès
atualizado
Compartilhar notícia

Tal mãe, tais filhas. Charlotte Gainsbourg e Lou Doillon, assim como Jane Birkin, seguiram os caminhos artísticos do cinema e da música, sem deixar de lado aquele pé na moda que também marcou a carreira da mãe. As duas se destacam pelo senso fashion, com estéticas distintas que traduzem a personalidade de cada uma. Enquanto Charlotte carrega uma essência rocker, os visuais despojados de Lou são mais inclinados para o boho.
Vem saber mais e conhecer o estilo das irmãs
- Jane Birkin foi uma atriz e cantora britânica com dezenas de filmes no currículo. Conhecida por ter inspirado a cobiçada bolsa da Hermès que leva seu sobrenome, ela morreu em 2023, aos 76 anos.
- Ao longo da vida, Jane Birkin teve três filhas: Kate, com o músico britânico John Barry; Charlotte, com o cantor francês Serge Gainsbourg; e Lou, com o também francês Jacques Doillon, diretor de cinema.
- Ao mudar-se para a França nos anos 1960 e iniciar um relacionamento com Gainsbourg, o casal se tornou um dos principais símbolos culturais e fashion ses daquele período.
- Fotógrafa de moda, Kate Barry morreu aos 46 anos ao cair do 4º andar de um prédio parisiense, em 2013.
- Charlotte Gainsbourg e Lou Doillon trilham os próprios caminhos nas áreas da cultura e da moda. Além da relação forte com grifes renomadas, cada uma tem um estilo singular, com participações em campanhas e outras investidas.
Charlotte Gainsbourg
Pense na estética rocker noturna do estilista Hedi Slimane durante a direção criativa da Saint Laurent (2012-2016) e da Celine (2018-2024). Os visuais de Charlotte Gainsbourg transitam pela mesma via, além de um aceno mais polido ao estilo “indie sleaze” do início dos anos 2010.
Charlotte reside em Nova York e leva uma vida discreta com a família. Considerada uma musa do cineasta Lars Von Trier, Charlotte estrelou trabalhos famosos dele como Anticristo, Ninfomaníaca e Melancolia.
Com a maioria dos títulos do currículo concentrados entre os anos 1980 e 2000, ela participou de poucos filmes na última década, mas segue fazendo trabalhos para a moda, como editoriais para a Saint Laurent sob a direção criativa de Anthony Vaccarello.



A atriz e cantora também criou uma conexão com o estilista Nicolas Ghesquière, que a convidou para seu desfile de estreia na Balenciaga, em 1997. Depois, quando ele foi para a Louis Vuitton, o designer convocou a artista para uma campanha fotografada por Annie Leibovitz.
“Eu sempre gosto de trabalhar com um estilista ou designer que eu amo, que foi o meu caso com Nicolas, e é o caso agora com Anthony – há um relacionamento real que está crescendo, o que para mim é o principal. Eu nem sei o que a palavra ‘musa’ significa realmente, parece tão estúpido”, contou ela em entrevista à Dazed, em 2017.



Charlotte também é adepta de um visual despreocupado quando se trata de beleza, com cabelo por fazer e pouca ou nenhuma maquiagem. “Eu entendo uma musa para um pintor um século atrás, mas, para mim, eu não me vejo como um modelo de qualquer tipo”, completou Charlotte.
Lou Doillon
A pegada chique-sem-esforço da irmã também está presente no estilo de Lou Doillon, que chega a ser levemente similar, mas segue uma via mais inclinada para o folk. Dona de uma estética com pitadas de boho, Lou já posou para a Chloé e tem aparições nas arelas da Ami e, recentemente, da Miu Miu, entre outras investidas fashion.
Em um artigo de quase 20 anos atrás, para o The Guardian, Lou dissecou o próprio estilo e o “descompromisso” com ele. Falou sobre o amor pelo jeans – uma de suas primeiras memórias fashion –, as combinações propositalmente “loucas”, as marcas favoritas da época (de Margiela a Jean Paul Gaultier), compras de segunda mão e o quanto ela achava a irmã Charlotte muito mais interessada em moda.



“Meu estilo mudou desde que eu era mais jovem. Eu tinha um pouco de vergonha da minha família burguesa quando adolescente, eu acho – eu tinha dreadlocks, fazia compras em brechós e fingia que não tinha dinheiro”, contou ela. “Naquela época, eu teria cuspido em uma garota que estava comprando Saint Laurent. Eu sempre rio hoje pensando que se eu esbarrasse em mim mais jovem, ela me daria um tapa. Usar roupas de grife era como vender minha alma ao diabo.”



Em uma entrevista, Lou contou que sua fonte de inspiração quando se trata de moda nunca foi a elite. “Foi a garota da rua. Eu amo quando você vê garotas, onde você quer trazê-las de volta, como um pássaro que caiu do ninho. Eu amo quando elas usam casacos grandes, ou têm aquele cabelo bagunçado”, comentou.