O interesse do PT na relatoria da operação do “Rei do Lixo” no STF

Caciques do PT têm acompanhado com lupa as tratativas sobre a relatoria no Supremo Tribunal Federal (STF) da operação Overclean, que investiga o caso do “Rei do Lixo”.

Nos bastidores, lideranças petistas defendem que o caso e para as mãos do ministro Flávio Dino, como pedido pela Polícia Federal e pela Justiça Federal da Bahia.

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O empresário José Marcos de Moura, conhecido como Rei do Lixo na Bahia, mandou secretário cortar despesas

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Conhecido como Rei do Lixo, o empresário José Marcos de Moura foi preso e solto na operação Overclean

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Petistas querem ministro Flavio Dino relatando investigações sobre a operação do "Rei do Lixo"

Gustavo Moreno/STF

A avaliação de caciques do PT é de que Dino teria atuação mais punitivista que o ministro Nunes Marques, inicialmente sorteado pelo sistema do Supremo como relator da investigação.

Entenda o interesse do PT na operação

•  A operação apura suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro e mira diversos caciques do União Brasil e de outras siglas do Centrão.
• A investigação, que até então corria na primeira instância, foi enviada ao STF após a citação ao nome do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), que possui foro privilegiado.
• Além de Elmar, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) também já foi citado na investigação. ACM é próximo do empresário Marcos Moura, o “Rei do Lixo”.
• Diante desse rol de citados na investigação, lideranças do PT, sobretudo da Bahia, veem a operação como uma chance de atingir seus adversários regionais do União Brasil.
• Em dezembro, a coluna noticiou que petistas baiano aram a atuar contra a indicação da desembargadora do TRF-1 Daniela Maranhão ao STJ por Lula, após a magistrada soltar alvos da Overclean.

Presidente do STF analisa pedido de redistribuição da relatoria

Na terça-feira (21/1), o STF informou que o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, determinou que a Secretaria Judiciária do tribunal forneça informações técnicas para embasar a análise sobre a relatoria.

Após essa etapa, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, será instado a se manifestar sobre a possível redistribuição da relatoria da operação de Nunes Marques para Dino.

Apesar do movimento de Barroso, fontes próximas ao presidente do Supremo dizem, nos bastidores, considerar remotas as chances de haver uma mudança de relator na investigação.