Haddad e a crítica aos juros durante a reunião com Hugo Motta
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visitou novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta quarta-feira (5/2)
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ouviu críticas ao patamar da taxa básica de juros (Selic) durante reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outras lideranças da Casa, nesta quarta-feira (5/2).
A crítica dos parlamentares se concentrou na nova alta de um ponto percentual da Selic aprovada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na semana ada, a qual levou a taxa para 13,25% ao ano.
Uma das críticas partiu do deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR). Segundo relatos, o parlamentar chegou a dizer que o aumento sucessivo da Selic configuraria “crime de lesa pátria”.
Entenda o que aconteceu
- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta, nesta quarta-feira (5/2) e entregou uma lista com 25 pautas prioritárias para a equipe econômica do governo Lula.
- As propostas visam à redução de gastos da máquina pública, o que inclui medidas como, por exemplo, revisão da previdência dos militares.
- A equipe econômica também espera uma mudança no Programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação.
- Durante a visita à Câmara, Haddad ouviu críticas de lideranças da Casa ao elevado patamar da taxa básica de juros no Brasil, atualmente em 13,25% ao ano.
Haddad, por sua vez, ouviu as críticas calado, mas teria feito movimentos com a cabeça sinalizando concordar com a fala do deputado. O ministro é um dos padrinhos do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Na reunião com Motta e lideranças da Câmara, Haddad apresentou uma lista com 25 prioridades da equipe econômica no Congresso Nacional. Dessas, 14 precisam ser aprovadas pelo Legislativo.
Veja as medidas prioritárias elencas por Haddad:
- Fortalecimento do novo arcabouço fiscal;
- Implantação da reforma tributária sobre consumo;
- Regulamentação da reforma tributária (IBS, Imposto Seletivo e Fundos);
- Reforma tributária sobre a renda;
- Limitação dos supersalários;
- Reforma da previdência dos militares;
- Projeto de conformidade tributária e aduaneira;
- Aprimoramento da lei de falências;
- Fortalecimento da proteção a investidores no mercado de capitais;
- Consolidação legal das infraestruturas do mercado financeiro;
- Resolução bancária;
- Regulamentação econômica das big techs;
- Modernização do Mercado de Crédito;
- Modernização do marco legal de preços de medicamentos;
- Programa Pé-de-Meia;
- Modernização do regime de concessão de serviços públicos;
- Emissão de títulos sustentáveis;
- Implantação do mercado de carbono;
- Novos leilões do ecoinvest;
- Compra pública com conteúdo nacional e programa de inovação tecnológica;
- Estruturação do fundo internacional de florestas;
- Implementação da taxonomia sustentável brasileira;
- Marco legal da inteligência artificial e política de datacenters;
- Plano Safra e Renovagro;
- Consolidação da plataforma bip (investimentos sustentáveis).