Técnica usa preenchimento com ácido hialurônico para corrigir hip dips
As dermatologistas Roberta Zaffari e Karine Cade explicam procedimento que preenche as depressões e cria um contorno mais harmonioso
atualizado
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Conhecidos como ondulações na região de encontro entre o quadril e as coxas — ou depressões trocantéricas, cientificamente falando —, os hip dips representam um incômodo muito comum entre as mulheres.
Apesar de serem uma característica anatômica de origem genética, ou seja, algo totalmente normal no que diz respeito à estrutura do corpo feminino, muitas delas se queixam dessas curvaturas e procuram por formas de “correção”.
Alguns profissionais de saúde afirmam que exercícios físicos, como agachamentos, elevação de quadril e afundos, podem colaborar com a redução dessa aparência. Outros, no entanto, negam essa ideia, alegando que esses treinos específicos podem, inclusive, acentuar ainda mais os hip dips, já que aumentam a definição muscular, destacando as depressões laterais do quadril.
O ramo da dermatologia já buscou soluções para esse incômodo estético. Uma delas, até mesmo, já se tornou um tratamento presente nos consultórios médicos, tendo o ácido hialurônico como aliado.
Preenchimento com ácido hialurônico
Para tratar os hip dips, o preenchimento com ácido hialurônico é realizado no local das depressões. A técnica suaviza o contorno e cria uma transição mais harmônica entre o quadril e a coxa.
De acordo com a dermatologista Roberta Zaffari, as injeções são feitas em planos subcutâneos através de uma cânula. “O profissional utiliza uma agulha fina para injetar o ácido hialurônico na área desejada, de modo a preencher as depressões e criar um contorno mais harmonioso”, detalhe.
“O procedimento é relativamente rápido, levando em torno de 30 minutos a uma hora”, revela.

Para a dermatologista Karine Cade, o método é muito seguro, usado há 20 anos em tratamentos faciais e há cinco anos para tratamentos corporais. “Com a realização de técnicas corretas, por profissionais qualificados, há baixa chance de efeitos adversos. Nesse sentido, é um procedimento muito mais seguro do que técnicas cirúrgicas como o enxerto de gordura, por exemplo”, argumenta.
A médica explica que, para tratamentos corporais, são usados preenchedores específicos, as chamadas macropartículas, que permitem maior projeção e mais resistência a impactos. “Ou seja, mesmo sofrendo pressão, ele consegue retornar ao seu estado”, diz.
Já em relação à quantidade de ampolas, isso pode variar de acordo com a profundidade das depressões e o resultado desejado. “Em média, são utilizados de 20 a 40mL, mas isso deve ser avaliado individualmente pelo profissional”, acrescenta.

“Além de volumizar, o produto melhora o contorno fazendo com que o bumbum ‘suba’. Então, para quem não deseja volumizar, é possível também apenas ‘subir’ o bumbum trabalhando a projeção e o contorno”, descreve Karine Cade.
Qualquer paciente pode realizar o procedimento?
Segundo a dermatologista, no geral, a maioria das pessoas pode se submeter ao tratamento. Entretanto, é essencial que haja uma avaliação médica prévia para determinar a adequação do procedimento.
A profissional ainda comenta que pessoas com doenças autoimunes, infecções ativas na área de aplicação e gestantes ou lactantes, em alguns casos, podem ser desaconselhadas a realizar a técnica.
Investimento e durabilidade
O custo do tratamento, conforme aponta Roberta Zaffari, pode variar bastante, dependendo, ainda, da quantidade de produto aplicado. Em média, o preço transita entre R$ 5 mil a R$ 15 mil.

“O custo-benefício se destaca, especialmente, pela qualidade e durabilidade do tratamento, com resultados satisfatórios e visíveis logo após a aplicação, e que se mantém em média por um ano”, ressalta.
Por que optar pela técnica?
A dermatologista lembra que, entre as vantagens do preenchimento com ácido hialurônico, estão os resultados imediatos, a natureza minimamente invasiva da técnica, a possibilidade de personalização do tratamento e a reversibilidade, uma vez que o ácido hialurônico é reabsorvido pelo organismo com o tempo.
“Além disso, o procedimento não requer um grande tempo de recuperação, permitindo que a maioria das pacientes retorne às suas atividades normais rapidamente”, continua.
Alternativas ao preenchimento com ácido hialurônico
Além do preenchimento com ácido hialurônico, a enxertia de gordura é uma alternativa para corrigir os hip dips, segundo Roberta Zaffari. Essa última opção envolve a remoção de gordura de outra parte do corpo, que é então injetada na área das depressões.
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