Zezé Motta faz reflexão sobre o dia 13 de maio: “Não há o que comemorar”

A atriz Zezé Motta deu uma verdadeira aula de história para os seguidores nesta quarta-feira (13/5), ao comentar porque o dia 13 de maio, marcado no calendário nacional como o Dia da Abolição da Escravatura, não deve ser comemorado.

Apesar de ser reverenciada pelos livros de história, Zezé explica que a data não tem grande significado para os negros. E que a princesa Isabel, conhecida por o documento que encerrou oficialmente a escravidão no Brasil, não foi tão bondosa como parece.

“Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel, herdeira do trono no Brasil, assinou a Lei Áurea, que oficialmente extinguiu a escravidão no país”, introduziu a atriz.

4 imagens

Fechar modal.

1 de 4

Zezé Motta ao lado de Lázaro Ramos

Roberto Filho/BrazilNews

2 de 4

Zezé Motta

@zezemotta/Instagram/Reprodução

3 de 4

Ela é vice-presidente do Retiro dos Artistas

Reprodução/Redes Sociais

4 de 4

Zezé Motta tem 76 anos

Reprodução/Redes Sociais

“Para o movimento negro não há o que festejar. Depois de muita luta das negras e negros no Brasil Colônia, como a do Quilombo dos Palmares e a revolta dos Malês, por exemplo, a lei Áurea veio, mas veio sem nenhuma reparação moral ou econômica. Não garantiu inclusão social”, disse.

Zezé destacou que, apesar de livres,  estes trabalhadores não tiveram oportunidades e acabaram sendo marginalizados e discriminados. A atriz ainda afirmou que este  é mais um dia de resistência e luta pela igualdade e combate ao racismo.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Lei Áurea: O 13 de maio é mesmo uma data a ser comemorada? Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel, herdeira do trono no Brasil, assinou a Lei Áurea, que oficialmente extinguiu a escravidão no país. A princesa e seu feito são reverenciados nos livros escolares de história e a data, Dia da Abolição da Escravatura, foi instituída no calendário oficial como algo a ser comemorado. Mas para o movimento negro não há o que festejar. Depois de muita luta das negras e negros no Brasil Colônia, como a do Quilombo dos Palmares e a revolta dos Malês, por exemplo, a lei Áurea veio, mas veio sem nenhuma reparação moral ou econômica. Não garantiu inclusão social. Muitos permaneceram na própria fazenda onde trabalhavam como escravos por não ter para onde ir, outros largados à própria sorte aram a ser marginalizados e discriminados, dando início às mazelas que combatemos até hoje: discriminação, pobreza, falta de oportunidades e de trabalho decente para a população negra. 13 de maio é mais um dia de resistência e de luta pela igualdade e combate ao racismo. #resistencia #13demaionãoédiadenegro #13demaio #racismo #132anos

Uma publicação compartilhada por Z E Z E M O T T A (@zezemotta) em 13 de Mai, 2020 às 5:50 PDT