Rabino brasileiro acusa palestinos de “viverem como monstros”
Nas redes sociais, o rabino Pedro Kauffman disse que não existem inocentes na Faixa de Gaza, e que todos os palestinos são “monstros”
atualizado
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O rabino brasileiro Pedro Kauffman acusou palestinos de serem coniventes com as ações do grupo terrorista Hamas, e disse que os moradores da Faixa de Gaza “vivem como monstros e criam seus filhos para serem monstros”. O discurso de ódio surgiu após uma publicação no Instagram, onde o líder religioso afirmou que nenhum refém israelense foi salvo por moradores do enclave palestino.
Divulgado em 13 de maio, o texto afirma que alemães chegaram a salvar a vida de judeus inocentes durante o avanço da Alemanha Nazista, na Segunda Guerra Mundial. O que, segundo o rabino Pessach, não aconteceu em Gaza.
Depois da postagem, pessoas questionaram a afirmação dele. O rabino istra a sinagoga Ahavat Reim, localizada no bairro Bom Retiro, em São Paulo.
“Coitados dos palestinos, povo oprimido, faminto, não sabem o que é ter dignidade, onde encontrariam forças para enfrentar o Hamas”, questionou uma internauta.
Em resposta, o líder religioso afirmou que Israel ofereceu ajuda a palestinos que ajudassem na localização e resgate de reféns, como proteção, cidadania e dinheiro. A medida foi anunciada pelo governo de Benjamin Netanyahu no fim de 2024. Mas preferiram, nas palavras de Kauffman, serem convenientes com o Hamas.
“Eles [o Hamas] os sequestraram, eles os esconderam, eles abusaram dos reféns e nenhum [palestino] teve o mínimo de decência para devolver ou libertar uma alma sequer. A opressão é deles mesmo, a forma é por culpa dos seus governos, votados por eles, apoiado por eles”, respondeu o rabino. “Não tem coitado lá. Eles são monstro, vivem como monstros e criam seus filhos para serem monstros! Essa é a realidade que qualquer pessoa de bem deve ver”.
Além do comentário, Kauffman curtiu outras reações à postagem, pedindo a morte de mulheres, crianças e idosos da Palestina, assim como comparações de palestinos a pragas.
Nas redes sociais, o rabino divide seu tempo entre publicações ligadas ao conflito na Faixa de Gaza, denúncias de antissemitismo, religiosidade e empreendedorismo.
Ele é o fundador de uma startup de soluções fitness para o setor privado, e chegou a participar da 6ª temporada do reality show Shark Tank Brasil, onde empreendedores recebem ofertas de apoio financeiro de magnatas para seus negócios.