“Parece que estão conduzindo para eleger ‘aquele cara'”, diz Bolsonaro
Presidente afirmou que continuar lutando pelo voto impresso e criticou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso
atualizado
Compartilhar notícia

Sem citar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (12/8), que o “nome que está sinalizado para ocupar a cadeira presidencial no ano que vem, com esse sistema de votação, vai fazer do Brasil o que fizeram com a Venezuela e o que estão fazendo com a Argentina”.
“Olha para onde está indo, para entrar em detalhes, também o Chile”, prosseguiu o mandatário, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Bolsonaro assinalou que não se pode esperar isso acontecer para tomar providências e que, portanto, tem falado sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Foi demonstrado agora que não basta estar bem na economia; tem que estar na política também. Eu não escolhi sistema, escolhi lado do povo. Se o povo continuar me apoiando, nós vamos até o fim da linha”, declarou.
“E digo a todos no Brasil: mais importante do que a sua própria vida é a sua liberdade. Lute por ela, porque é fácil você ser comunista em um país livre. O difícil é ser livre em um país comunista”, completou.
Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou, ao defender o voto impresso, que vai continuar a luta, mas agora com “menos pressão”. “Vou continuar minha luta, com menos pressão, é lógico. Mas não podemos começar a eleição do ano que vem sob o manto da desconfiança”, pontuou.
Ele também disse que, se perder a eleição, irá entregar a faixa presidencial, “desejar boa sorte e cuidar da minha vida”. “Agora, da forma como está, parece – parece – que estão conduzindo para eleger aquele cara que, até pouco tempo, estava preso”, prosseguiu o mandatário, ao reafirmar que não tem provas sobre fraudes nas urnas eletrônicas.
“Por que essa vontade enorme, esse trabalho enorme, do ministro Barroso, que é também o presidente do TSE, contrário ao voto impresso? Ele se reuniu com lideranças partidárias e, logo depois da reunião, essas lideranças, a maioria delas que eram favorável ao voto impresso, mudaram de lado. O que foi oferecido pra eles? O que aconteceu?”, questionou.