Saiba a história da deslumbrante coroa sobre o caixão de Elizabeth II
O objeto contém quase 3 mil pedras, incluindo 2.868 diamantes, 273 pérolas, 17 safiras, 11 esmeraldas e cinco rubis
atualizado
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A rainha Elizabeth II morreu no último dia 8 e, desde o início do velório, o caixão da monarca tem gerado curiosidade por diversos motivos. O da vez não é exatamente sobre o esquife em si, mas sim, a respeito do que está em cima dele: a Coroa Imperial do Estado.
Fabricada em 1937 para a coroação do pai da monarca, o rei George VI, a joia foi projetada para ser mais leve e se encaixar melhor na cabeça do que a usada anteriormente. Ainda assim, pesa 1,06 kg.
No decorrer do seu reinado, Elizabeth II foi vista com ela anualmente, na cerimônia de Abertura do Parlamento. Em 2019, quando já estava com mais de 90 anos, utilizou uma coroa mais leve. “Você não pode olhar para baixo para ler o discurso, você tem que erguer o discurso, porque se fizesse isso, seu pescoço quebraria”, disse a governante. Em 2021, quando participou da cerimônia pela última vez, e já com a saúde comprometida, ela não usou coroa alguma.
O objeto contém quase 3 mil pedras, incluindo 2.868 diamantes, 273 pérolas, 17 safiras, 11 esmeraldas e cinco rubis. Além disso, carrega a mais antiga da coleção real, uma safira que teria sido usada no anel do rei da Inglaterra do século 11, St. Edward, o Confessor. A pedra, agora, está no centro da cruz que fica no topo da coroa.
A peça também carrega o diamante Cullinan 2, de 317 quilates, conhecido como a Segunda Estrela da África. Lapidado do maior diamante já encontrado, ele foi dado a Edward 7º no seu aniversário de 66 anos pelo governo do Transvaal, região da África do Sul, colônia da Inglaterra.
Elizabeth tinha um apreço especial pela grande pedra preciosa vermelha na coroa, o rubi do príncipe negro. Acredita-se que a joia tenha sido usada em 1415 durante a Guerra dos Cem Anos, quando a Inglaterra derrotou a França.
Valor inestimado
Segundo o especialista real Alastair Bruce, a coleção de gemas da coroa está “além do valor monetário”. “Chamar de inestimável é sensato, mas você pode adicionar tantos zeros quanto diamantes na coleção”, garantiu, em entrevista à BBC.
De acordo com a tradição, o rei Charles III vai usar a Coroa de St. Edward em sua coroação e, para deixar a Abadia de Westminster ao final da cerimônia, colocará a Coroa Imperial do Estado.
Ele a usará na sessão de abertura do Parlamento, assim como sua mãe fazia, e em outras ocasiões oficiais.
