Panqueca e chocolate podem reduzir o colesterol, sugere novo estudo
De acordo com a investigação, versões nutritivas de chocolate, panqueca ou granola podem substituir a medicação em alguns casos
atualizado
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Parece que é possível reduzir o colesterol de uma forma para lá de gostosa e, melhor ainda, sem utilizar medicação. Ao menos foi o que revelou um estudo recente, divulgado em janeiro.
De acordo com a análise publicada no The Journal of Nutrition, versões nutritivas de chocolate, panqueca ou granola podem até substituir a medicação, em alguns casos. Para isso, basta comer duas porções por dia. A pequena mudança no cardápio levou a uma redução de 9% no colesterol LDL, conhecido como colesterol “ruim”, relacionado à doença cardíaca.
Do ponto de vista de saúde pública, o achado se mostrou realmente surpreendente e promissor, sobretudo pelos alimentos em questão serem ricos em nutrientes, como fibras, antioxidantes e ácidos graxos ômega 3.
Outra evidência que se mostrou promissora no estudo seria que o processamento de alimentos, associados a resultados menos saudáveis em termos de saúde, podem ser usados para melhorar a qualidade deles, e torná-los mais saudáveis.
Os pesquisadores revelaram que é possível fabricar alimentos práticos e que apoiam a saúde, diferentemente do que muita gente está acostumada a ver. Para isso, formularam lanches com ingredientes com benefícios ao organismo, como nozes, linhaça e frutas vermelhas. Vale destacar que evidências sugerem que eles são benéficos para o coração.
Os nomes à frente do estudo analisaram 54 adultos com níveis elevados de colesterol durante um período de quatro semanas. Os pesquisadores trocaram um pouco do que eles comiam por duas porções diárias de lanches pré-embalados, como panquecas, chocolate, smoothies, granola e aveia. Na primeira fase do estudo, os alimentos eram versões comuns do lanche.
Já na segunda fase, as versões dos lanches foram reforçadas com nutrientes, e os participantes não foram informados sobre essa alteração.
Após o mês de ingestão desses alimentos nutritivos, os participantes apresentaram níveis mais baixos de colesterol. As mudanças foram maiores do que o esperado, pois os demais hábitos de vida, dieta e exercício não sofreram modificações.
Os estudos se fazem consideráveis pois, embora a medicação para controle do colesterol seja amplamente utilizada e segura, algumas pessoas podem não querer ou não poder tomá-la (cerca de 4% das pessoas experimentam efeitos colaterais). A comida pode ser uma alternativa valiosa.
A técnica de processamento utilizada para produzir esses alimentos é, muitas vezes, difamada por suas consequências à saúde e por retirar os principais componentes que auxiliam a longevidade. Nesse estudo, não permitiram que isso ocorresse ao processar os alimentos.
O poder da nutrição é realmente vasto. Comemos muitas vezes ao dia, então, o efeito cumulativo é enorme. Qualquer pequena mudança traz grandes resultados.
Fica a esperança de que as indústrias se inspirem na técnica utilizada pelos autores e comecem a produzir alimentos que possam trazer, além de praticidade e comodidade, nutrição para a saúde dos consumidores.
Para maiores dúvidas ou informações sobre colesterol, consulte seu médico e/ou nutricionista.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica