Supreme ascende ao status de luxo após parceria com a Louis Vuitton
Marca de streetwear abrilhantou o desfile masculino da marca. Resta saber se os fãs vão adquirir os produtos que custam mais de R$ 10 mil
atualizado
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A semana de moda masculina de Paris trouxe uma surpresa para os hypados de plantão. No desfile de outono/inverno da Louis Vuitton, a grife mostrou sua parceria com a Supreme, marca de streetwear de Nova York. Uma oferta de paz para as duas marcas que eram adversárias há 17 anos atrás e que agora fazem parte de um movimento que mistura o luxo e o alternativo.
Na arela, bolsas, mochilas, lenços, casacos, óculos de sol e jaquetas estampavam o design colaborativo das marcas. A atual parceria dirigida pelo diretor criativo da LV, Kim Jones, dividiu opiniões no mundo da moda, especialmente porque comprova e consolida a ideia de que a cultura de rua, agora, também é cultura pop.
Essa intersecção entre grifes de luxo e outras marcas mais íveis pelo público é um movimento que vem tomando força. Em temporadas adas a Nike fez colaborações com Balmain, Givenchy e a própria LV.
No entanto, alguns críticos não ficaram contentes, especialmente porque, com o firmamento da Supreme no mainstream, a marca deixa de ter sua pegada alternativa pela qual ficou conhecida.
O jornalista Guy Trebay do “The New York Times” expressou sua indignação dizendo que a coleção nada mais é do que uma tentativa desesperada de Jones para manter a LV com uma aparência cool e, no caso da Supreme, uma traição aos fãs mais fiéis.
“Certamente existem aqueles que acham essencial possuir um artigo da parceria. A probabilidade é que não serão os grandes iradores da Supreme que se alinharão do lado de fora da flagship em Manhattan esperando pelo lançamento – os mesmos consumidores que mantêm a marca viva”.
Também pudera, de acordo com o jornalista Luke Leitch da Vogue UK, só os pequenos artigos de couro da coleção custarão em torno de 300 euros (aproximadamente R$ 1.020) e os itens maiores variam entre 1.500 e 3.000 euros (cerca de R$ 5.000 a R$ 10.000). Fora da faixa de preço habitual, a Supreme pode até perder seu público fiel, mas entra de cabeça na categoria de luxo em ascensão.
