Aparelho que corrige orelhas de recém-nascidos é novidade no Brasil
Muitas vezes o bebê já nasce com as orelhas de abano ou tortinhas. Tecnologia evita a necessidade de cirurgias
atualizado
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Dados estatísticos mostram que de 15% e 29% de todos os bebês nascem com alguma deformidade na orelha. E em mais de um terço dos casos, o problema não melhora espontaneamente, podendo até piorar com o ar dos anos. Não existe uma forma concreta de saber em que caso irá melhorar ou piorar – exceto quando corre algum trauma no parto, que deve normalizar ainda nos primeiros dias de vida.
Orelhas de abano e outras deformidades, que deixam a aparência com formação não anatômica, podem trazer baixo autoestima quando a criança cresce. Antes, esses problemas eram resolvidos apenas com cirurgia de otoplastia, só podendo ser feita após os seis anos de idade. Depois de ser implementado na Europa e nos Estados Unidos, o tratamento EarWell recebeu aprovação da Anvisa e chegou ao Brasil há um ano.
O tratamento estético é simples e indolor: a cartilagem dos recém-nascidos é maleável e consegue ser moldada. Então, um sistema de moldes de silicone e curativos permite corrigir defeitos das orelhas de bebês até no máximo seis semanas (45 dias), sem a necessidade de cortes ou cirurgias. O molde é vazado para a pele respirar.
O especialista realizou cerca de 15 procedimentos e todos com sucesso, segundo ele. “Não doí, geralmente os bebês estão dormindo durante a aplicação. O tratamento dura de quatro a seis semanas, pois a cada duas semanas o molde é trocado. E não existe a possibilidade de deformar novamente, pois a solidez da orelha já está maior”, diz Sarmento.
Os interessados devem se preparar para investir cerca de R$ 5 mil. Dr. Krishnamurti acredita que o investimento é justo, levando em consideração que uma cirurgia para correção saia entre R$ 10 e R$ 12 mil, já com a internação.
Nos EUA, o tratamento com os moldes é coberto pelos planos de saúde, a cirurgia ainda não. No Brasil, os planos não cobrem o tratamento.