Tintas de tatuagem podem conter substâncias cancerígenas, diz estudo
Pesquisadores alertaram para a falta de controle das agências de saúde dos Estados Unidos em relação à qualidade dos produtos
atualizado
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Um estudo feito na Universidade do Estado de Nova Iorque, dos Estados Unidos, descobriu que algumas tintas usadas para a realização de tatuagens contêm substâncias químicas que podem causar câncer. As descobertas foram apresentadas na quarta-feira (24/8), durante uma reunião da Sociedade Americana de Química, em Chicago.
Ao analisar 56 tintas usadas para a realização de tatuagem, os pesquisadores descobriram que várias tinham substâncias não listadas no rótulo e cerca de 23 continham compostos que se degeneram em contato com a radiação ultravioleta, como a luz solar, por exemplo.
“Nós não sabemos necessariamente em que os pigmentos se decompõem e essa é a verdadeira preocupação. É possível que você tenha pigmentos que por si só são seguros, mas que se decompõem em algo preocupante”, explicou o químico John Swierk, principal autor do estudo ao Daily Mail.
Preocupação
Os pesquisadores alertaram que há poucas informações sobre as substâncias presentes nas tintas para tatuagem usadas nos Estados Unidos, uma vez que a Food and Drug istration (FDA), agência semelhante à Anvisa, não acompanha a indústria de perto.
A União Europeia proibiu, em janeiro deste ano, o uso dos pigmentos azul e verde em tatuagens após a Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA, na sigla em inglês) analisar casos de câncer entre pessoas tatuadas.
O estudo norte-americano também avaliou o tamanho das partículas de 16 tintas. Metade continha partículas menores do que 100 nanômetros, o que significa que elas poderiam ar pela membrana celular e “potencialmente causar danos” às células.
“Quando você chega a esse regime de tamanho, você começa a se preocupar com nanopartículas penetrando nas células, entrando no núcleo das células e causando danos e problemas como câncer”, disse Swierk, durante a reunião.
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