Sarampo: Amapá investiga mortes de bebê de 7 meses e gêmeas indígenas
Estado vive um surto da doença e voltou a registrar casos de sarampo em outubro de 2019, depois de 22 anos sem notificações
atualizado
Compartilhar notícia

O Amapá investiga as mortes de três bebês no estado, relacionadas ao sarampo. As vítimas são uma menina de 7 meses, da capital Macapá, e duas gêmeas indígenas de 4 meses, em Pedra Branca do Amapari, segundo o G1.
Os três casos são investigados pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS). As amostras foram enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), onde arão por exame laboratoriais.
O Amapá vive atualmente um surto de sarampo, com 320 casos confirmados entre janeiro e maio deste ano, 23 a mais do que em todo o ano de 2020, quando 297 pessoas ficaram doentes. Outros 18 casos estão em investigação.
De acordo com a prefeitura de Macapá, a bebê de 7 meses morreu em 28 de março. A causa foi diagnosticada após investigação epidemiológica.
Ela não teria tomado a dose zero da vacina porque durante o período a varredura vacinal que ocorreu no bairro onde morava, ainda não tinha completado seis meses de vida, um pré-requisito vacinal.
A questão da idade também teria contribuído para o agravamento da infecção das gêmeas indígenas. Segundo a SVS, o caso segue em apuração epidemiológica e laboratorial e é acompanhado pelo Distrito Sanitário Indígena (DSEI).
O sarampo é uma infecção viral grave, altamente contagiosa, transmitida principalmente pelo ar, quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. A doença evolui com febre, tosse persistente, corrimento nasal, conjuntivite, pequenas manchas avermelhadas que começam perto do couro cabeludo e depois vão descendo, se espalhando por todo corpo.
A vacinação é a melhor forma de prevenção, mas só é indicada a partir dos 6 meses de vida, o que torna os bebês mais vulneráveis durante o surto da doença.