Pfizer inicia testes para ver se vacina funciona contra nova variante
Ainda não há informações sobre como a variante surgida na África reage aos anticorpos produzidos pelos imunizantes em uso
atualizado
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O laboratório Pfizer/BioNTech anunciou que espera ter em 15 dias, no mais tardar, os primeiros resultados dos estudos que vão determinar se a vacina da empresa é eficaz contra a nova variante da Covid-19 detectada na África do Sul.
“Iniciamos de maneira imediata estudos sobre a variante B.1.1.529, que difere claramente das variantes já conhecidas porque tem mutações adicionais na proteína Spike, característica do vírus Sars-CoV-2”, afirmou um porta-voz da Pfizer/BioNTech à agência de notícias AFP.
Segundo alguns cientistas que já analisaram a nova variante, a cepa tem mutações do vírus com potencial para torná-la dominante, como aconteceu com a variante Delta, que foi registrada primeiramente na Índia e se disseminou pelo mundo em seguida.
De acordo com o representante da Pfizer/BioNTech, há meses as empresas se preparam para ajustar as vacinas em menos de seis semanas. O objetivo é que as primeiras doses estejam disponíveis dentro de 100 dias no caso do surgimento de variantes mais resistentes.
Casos em cinco países
A nova variante foi detectada nos últimos dias e registrou aumento de infecções nas cidades de Pretória e Johanesburgo, capital e centro econômico da África do Sul. Além do país africano, foram relatados casos em Hong Kong, Israel, Botsuana e Bélgica.
A OMS e cientistas sul-africanos se reúnem nesta sexta-feira (26/11) para discutir medidas que evitem a disseminação da cepa pelo mundo. Brasil, Reino Unido, Itália, França, Israel e Singapura já estão restringindo voos da África do Sul e de países vizinhos.