A conclusão é de uma pesquisa pulicada na revista eBioMedicie, na quarta-feira (7/6). Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, testaram como a semaglutida – príncipio ativo do medicamento – afeta o comportamento de ratos que foram induzidos ao vício em álcool.
Na pesquisa, os roedores que receberam aplicações de semaglutida reduziram a ingestão de álcool pela metade em comparação com os que não receberam. A ingestão de álcool pós-recaídas também foi menor do que o consumo de hábito. A quantidade de álcool que se bebe depois de um período de abstinência costuma ser maior do que o consumo habitual, e essa é uma das grandes dificuldades para se livrar de um vício.
O estudo também comprovou que a semaglutida age em uma área do cérebro específica ligada ao sistema límbico. A função do sistema límbico é gerenciar emoções, impulsos e comportamentos.
A hipótese dos pesquisadores é que, além dos efeitos no pâncreas e no intestino, o Ozempic desative circuitos de prazer previamente montados no cérebro. O resultado seria de que as pessoas não sentissem o mesmo desejo por coisas que gostavam muito.
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Medicamento injetável criado para pacientes com diabetes, o Ozempic virou aliado na "luta contra a balança" mas em breve deve ser superado por novas versões
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Canetas de emagrecimento como o Wegovy também apresentam efeitos colaterais como as náuseas e alterações do funcionamento do intestino
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O Ozempic é um medicamento para controlar a diabetes, mas leva também à perda de peso. Uma dose mais alta do mesmo principio ativo, esta sim vendida para combater a obesidade, é vendida sobre o nome de Wegovy
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De acordo com os pesquisadores, é provável que os resultados obtidos em ratos sejam semelhantes em humanos, uma vez que pesquisas anteriores sobre medicamentos para dependência de álcool foram confirmados para os humanos.
“O álcool ativa o sistema de recompensa do cérebro, resultando na liberação de dopamina, algo que é visto tanto em humanos quanto em animais. Esse processo é bloqueado pela medicação em camundongos e, com nossa interpretação, isso pode causar uma redução na recompensa induzida pelo álcool”, diz Cajsa Aranäs, doutoranda da Sahlgrenska Academy da Universidade de Gotemburgo, co-autora do estudo.
Os resultados, entretanto, são iniciais e devem ser encarados como um campo científico a ser explorado e não como mais uma indicação de uso para o medicamento.
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O consumo excessivo de açúcar está diretamente ligado a sérios problemas de saúde. Comer muito doce e carboidratos, por exemplo, pode aumentar a chance de desenvolver diabetes, câncer, obesidade, entre outros
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de os malefícios do açúcar serem altamente divulgados, o Brasil é um dos países que mais consome a substância no mundo
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Os brasileiros ingerem ao menos 80g de açúcar por dia, o que é superior ao recomendado: 25g a 50g diárias, levando em consideração uma dieta de duas mil calorias
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Segundo especialistas, o açúcar possui propriedades viciantes e acionam uma série de reações no corpo humano. Além de causar alergias, ingerir a substância em excesso pode desativar o sistema imunológico e deixar o indivíduo mais propenso a adquirir infecções
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O excesso de açúcar no corpo faz com que a glicemia dispare e, após um tempo, despenque. Além disso, o corpo pedirá mais e, caso não receba, começará a enviar sinais de abstinência. Consequentemente, o indivíduo entra em ciclo compulsório de fome e o desejo pelo consumo de doces aumenta
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A partir disso, o problema só piora. O organismo deixa de funcionar da forma correta e sérios problemas de saúde começam a surgir
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A funcionalidade e elasticidades dos tecidos são perdidos, o que faz com que o envelhecimento precoce se instale. Problemas na visão e apodrecimentos dos dentes também são possíveis. Além disso, doenças autoimunes podem ser provocadas; e a saúde dos cabelos, ser comprometida
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O consumo excessivo da substância também pode causar diabetes, obesidade, problemas cardiovasculares, ansiedade, estresse, baixa energia, problemas intestinais, enxaqueca, instabilidade emocional, entre outros
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Apesar de o que possa parecer, não é necessário cortar o açúcar de uma vez, mas consumir com moderação
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Ter o controle da quantidade do açúcar ingerido auxilia tanto na perda de peso quanto na melhoria da qualidade de vida. Exercícios físicos, alimentação balanceada e uma boa noite de sono podem ajudar a diminuir o vício em doces
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