O que muda na minha vida com a flexibilização da quarentena?
As possibilidades de contágio aumentam e os cuidados com a proteção pessoal precisam ser intensificados
atualizado
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A flexibilização da quarentena – com algumas atividades econômicas voltando a funcionar – não significa que a vida cotidiana retornará ao que era antes do coronavírus. Ao contrário, as pessoas terão que redobrar os cuidados de higiene pois as possibilidades de contágio aumentarão neste novo momento.
Se ficar em casa não for uma opção, o indicado é que a pessoa se organize para andar com máscaras e que aprenda a usá-las da maneira correta, que evite tocar em superfícies, use álcool em gel ou lave as mãos constantemente e aprenda a não colocar as mãos no rosto.
Grupos de risco como maiores de 60 anos, cardiopatas, diabéticos, hipertensos e imunossuprimidos, devem guardar o isolamento e, a indicação é que uma pessoa seja colocada entre eles e as outras que precisam sair de casa. “O ideal é que a pessoa da família que for obrigada a sair de casa não tenha contato com familiares que forem do grupo de risco”, explica o professor de Saúde Pública da Universidade de Brasília, Jonas Brandt.
Para o infectologista do Laboratório Exame, David Urbaez, o novo momento exigirá disciplina de todos, principalmente, na hora de manter o distanciamento mínimo de dois metros em relação às outras pessoas. “O indicado é se manter sempre a, no mínimo, dois metros de distância de qualquer pessoa onde ocorra qualquer encontro”, explica. A distância evita a possibilidade de que perdigotos (gotículas de saliva) contaminadas espalhem a doença.
A autorização para a realização de algumas atividades como missas e cultos, aliada a reabertura de alguns setores do comércio e de serviços, não significa que, no plano individual, o mandamento de evitar contatos sociais esteja revogado. A infectologista Ana Helena Gremoglio explica que aglomerações continuam suspensas e encontros com amigos devem ser evitados. “Quem não precisa sair para trabalhar fora deve seguir em casa. Os que precisam, devem procurar usar o transporte público fora do horário de pico”, explica.