Menino de 14 anos morre após infecção pelo vírus Nipah na Índia
O vírus Nipah está na lista da OMS de patógenos com potencial epidêmico. Pelo menos 60 pessoas estão em isolamento após contato com o menino
atualizado
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Um menino de 14 anos morreu no estado de Kerala, no sul da Índia, após ser infectado pelo vírus Nipah. O caso foi confirmado por autoridades do estado neste domingo (21/7).
“O menino infectado morreu no domingo após uma parada cardíaca”, informou a ministra da saúde do estado, Veena George, em entrevista coletiva a TVs locais.
Foram identificadas 214 pessoas que tiveram contato com o garoto. Entre elas, 60 estão na categoria de alto risco para a doença. Essas foram colocadas em isolamento em enfermarias montadas especialmente para monitorar os casos pelos próximos sete a dez dias.
“Há uma chance mínima de um surto do vírus Nipah neste estágio”, disse o diretor de medicina intensiva do Hospital Aster MIMS em Calicut, Anoop Kumar.
Vírus Nipah
Kerala já ou por quatro surtos da doença desde sua primeira aparição do vírus no estado em 2018, quando 23 pessoas foram infectadas e 21 morreram.
O Nipah é um vírus transmitido principalmente pela saliva de morcegos frugívoros infectados (que pode acontecer durante o consumo de frutas não higienizadas, por exemplo). Mas o contágio também se dá pelo contato com porcos com o vírus.
O período de incubação do Nipah varia de quatro a 14 dias, com os sintomas geralmente aparecendo após o 20º dia de infecção.
O vírus está na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de patógenos com potencial epidêmico.
Sintomas
Os primeiros sintomas da infecção são febre, dor de cabeça, vômitos e problemas respiratórios. O quadro pode evoluir para inchaço do cérebro, levar o paciente ao coma e até à morte.
A taxa de letalidade varia entre 40% a 75%, a depender das capacidades locais de vigilância epidemiológica e gerenciamento clínico, de acordo com a OMS.
Prevenção
Não existe vacina contra o Nipah, nem tratamentos para a cura. A prevenção da doença envolve práticas como a higienização adequada dos alimentos e evitar o contato com animais selvagens, particularmente morcegos e porcos.
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