Itália ameaça corte de salário para médicos que não se vacinarem
Decreto do governo tornou vacinação contra Covid-19 obrigatória para profissionais de saúde, mas categorias estão reclamando
atualizado
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A vacinação contra a Covid-19 tem sido motivo de polêmica e conflitos políticos na Itália. A resistência de alguns profissionais de saúde contrários à obrigatoriedade da imunização fez com que o governo tomasse medidas rígidas para conter a transmissão do novo coronavírus.
Um decreto de 1º de abril, que irá para votação no Parlamento da Itália no início de junho, torna obrigatória a vacinação de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros trabalhadores que mantenham contato com pacientes em unidades de saúde da iniciativa pública ou privada.
Aqueles que descumprirem a medida podem ser suspensos de seus postos de trabalho até dezembro, sujeitos a corte de salário. O objetivo da medida, segundo o governo, é proteger o máximo possível a equipe médica e paramédica e aqueles que estão em ambientes que podem estar mais expostos ao risco de infecção.
Os críticos do governo, no entanto, questionaram a legalidade de forçar apenas algumas categorias de trabalhadores a receber a vacina. Desde então, a determinação tem gerado protestos pelo direito à “liberdade de escolha” em diferentes regiões do país. Grupos mais radicais acreditam que a medida é arbitrária.
Na última quarta-feira (21/4), médicos, profissionais da saúde e pessoas dos movimentos No-Vax e Free-Vax se reuniram em frente ao Parlamento italiano, em Roma, para uma manifestação contra a vacinação obrigatória.
Cerca de 5% dos operadores de saúde são contrários à medida. Estima-se que 2,2 mil médicos dos 114 mil que atuam na Itália se recusaram a se vacinar até agora.
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