{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F11130549%2FCaio-Henrique-com-os-pais-Osmar-e-Soraya.jpeg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F11130549%2FCaio-Henrique-com-os-pais-Osmar-e-Soraya.jpeg", "width": "1600", "height": "1200", "caption": "Foto colorida do menino com epilepsia Caio Henrique com os pais", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/saude/implante-vns-controla-epilepsia-em-crianca#webpage", "url": "/saude/implante-vns-controla-epilepsia-em-crianca", "name": "Implante controla epilepsia em menino que teve até 250 crises por dia", "datePublished": "2024-04-13T02:00:24-03:00", "dateModified": "2024-04-13T11:29:01-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F11130549%2FCaio-Henrique-com-os-pais-Osmar-e-Soraya.jpeg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/ravenna-alves", "name": "Ravenna Alves", "url": "/author/ravenna-alves", "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "headline": "Implante controla epilepsia em menino que teve até 250 crises por dia", "datePublished": "2024-04-13T11:29:01-03:00", "dateModified": "2024-04-13T11:29:01-03:00", "author": { "@id": "/author/ravenna-alves", "name": "Ravenna Alves" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "name": "Implante controla epilepsia em menino que teve até 250 crises por dia", "@id": "/saude/implante-vns-controla-epilepsia-em-crianca#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/saude/implante-vns-controla-epilepsia-em-crianca#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F11130549%2FCaio-Henrique-com-os-pais-Osmar-e-Soraya.jpeg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/saude/implante-vns-controla-epilepsia-em-crianca#webpage" }, "articleBody": "Caio Henrique veio ao mundo antes do esperado, com 32 semanas. Em sua primeira semana de vida, uma pneumonia e um AVC hemorrágico na região occipital direita e no cerebelo ameaçaram sua visão e sua própria existência. No entanto, essas complicações foram apenas os primeiros indícios de uma batalha muito maior que estava por vir. Aos 2 anos, após enfrentar uma série de crises epilépticas desde os 6 meses, Caio foi diagnosticado com a síndrome de Lennox-Gastaut. O neurocirurgião Antônio Oliveira, do Hospital Anchieta, em Brasília, explica que a síndrome é uma forma grave e generalizada de epilepsia. A condição é uma das mais graves que existem dentro desse mundo e costuma ser muito resistente ao tratamento. Leia também Distrito Federal Pesquisa reforça eficácia da Cannabis contra epilepsia infantil Brasil CFM autoriza uso de canabidiol para tratamento de epilepsia infantil Saúde Dia da epilepsia: veja os sintomas e como ajudar alguém em crise Saúde Aluno com epilepsia instala protocolo contra crises na universidade No caso de Caio, conforme a gravidade da epilepsia aumentava, mais médicos a família procurava e mais medicamentos eram istrados sem sucesso. As crises só aumentavam e ele ficava cada vez mais enfraquecido: o menino chegou a ter 250 crises epiléticas por dia e a tomar nove remédios diferentes. “São pacientes que, em geral, têm muita dificuldade para controlar a crise e, por causa disso, usam muita medicação. Eles sofrem os efeitos colaterais das doses muito altas que às vezes conseguem controlar crises, mas às custas de sedação e um grau de dependência muito grande”, explica o médico. Diagnóstico O diagnóstico de Caio só veio após uma busca incansável dos pais para encontrar um especialista. Dos 6 meses aos 2 anos, a família tentou diversos medicamentos e ou por muitos médicos. Soraya Camelo da Silva, a mãe do menino, conta que diziam que a “tendência era só piorar” e sentiu que alguns médicos tinham desistido do filho. “A primeira médica só dava Gardenal, mas não era o bastante. Com o tempo, as medicações iam aumentando e íamos procurando outros médicos especializados. Enquanto isso, as crises só aumentavam. O cabelo caía, ele se retorcia, babava, não conseguia mais deglutir”, lembra Soraya. Foi só na época que Caio teve um mal epiléptico, quando a crise dura mais de 30 minutos, e foi internado no Hospital Santa Helena, em Brasília, que foi feito o diagnóstico para Lennox-Gastaut. A família recebeu a notícia com um alerta: a doença é praticamente incurável. Soraya recorda que as crises eram tão intensas que fizeram Caio virar um “vegetal”. “Ele não comia ou interagia por causa da quantidade de crises. Foi então que fizemos a cirurgia de VNS”, lembra. O implante de VNS A partir do diagnóstico, a família foi atrás de especialistas e descobriu a possibilidade de diminuir as crises fazendo um implante de VNS, um gerador que emite estímulos no nervo vago e reduz as crises epilépticas. Oliveira explica que o implante de VNS é uma cirurgia que consiste na colocação de um eletrodo e um fio elétrico enrolado no nervo vago, que a no pescoço e é conectado a uma bateria que fica embaixo da clavícula, tudo por baixo da pele. Como o nervo atua diretamente no cérebro, a estimulação crônica e contínua traz o controle das crises e melhora da qualidade de vida, principalmente pela diminuição de episódios e medicações utilizadas. Os efeitos colaterais geralmente são alterações respiratórias e rouquidão. Mas, mesmo com o implante, Caio continuava tomando nove remédios por dia. O ponto de virada foi quando os médicos conseguiram o acerto da medicação. “Após a cirurgia, ficamos dois meses tentando acertar as terapias. Porém, a quantidade de medicação estava sendo conflitante. Conseguimos uma especialista e depois de dois meses com o desmame dos medicamentos e a substituição de dois deles, as crises diminuíram de 250 para 160 por dia “, diz Soraya. 2 imagensFechar modal.1 de 2Caio Henrique só foi diagnosticado com a doença rara aos dois anos e chegou a ter 250 crises epiléticas em um diaArquivo pessoal2 de 2O menino ou por uma cirurgia e troca de medicamentos para controlar a condiçãoArquivo pessoal O tratamento de Caio inclui o canabidiol, que possui alta eficácia na redução de crises convulsivas, além de outros efeitos como melhora do humor, cognição e atenção. “Por utilizar como via o sistema endocanabinóide, totalmente diferente das outras medicações, o canabidiol tem um papel interessante no tratamento de algumas epilepsias graves como Lennox-Gastaut”, explica Oliveira. Só após o ajuste dos medicamentos que o VNS e o canabidiol começaram a fazer efeito e as crises foram, finalmente, controladas. Caio já está há mais de dois anos sem crises. “O Caio perdeu muitas habilidades por causa das crises e também foi constatado autismo, dificultando o desenvolvimento. Mas ele anda, corre e faz muitas coisas. Está na escola e está aprendendo a comer sozinho. E, aos poucos, vai se desenvolvendo”, relata a mãe. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.", "keywords": "Saúde", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "Brasília, Distrito Federal, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-15.7865938", "longitude": "-47.8870338" } } } ] }Implante controla epilepsia em menino que teve até 250 crises por dia | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Implante controla epilepsia em menino que teve até 250 crises por dia

Caio tem síndrome de Lennox-Gastaut e chegou a tomar nove remédios por dia para controlar as crises de epilepsia sem sucesso

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arquivo pessoal
Foto colorida do menino com epilepsia Caio Henrique com os pais
1 de 1 Foto colorida do menino com epilepsia Caio Henrique com os pais - Foto: Arquivo pessoal

Caio Henrique veio ao mundo antes do esperado, com 32 semanas. Em sua primeira semana de vida, uma pneumonia e um AVC hemorrágico na região occipital direita e no cerebelo ameaçaram sua visão e sua própria existência. No entanto, essas complicações foram apenas os primeiros indícios de uma batalha muito maior que estava por vir.

Aos 2 anos, após enfrentar uma série de crises epilépticas desde os 6 meses, Caio foi diagnosticado com a síndrome de Lennox-Gastaut. O neurocirurgião Antônio Oliveira, do Hospital Anchieta, em Brasília, explica que a síndrome é uma forma grave e generalizada de epilepsia. A condição é uma das mais graves que existem dentro desse mundo e costuma ser muito resistente ao tratamento.

No caso de Caio, conforme a gravidade da epilepsia aumentava, mais médicos a família procurava e mais medicamentos eram istrados sem sucesso. As crises só aumentavam e ele ficava cada vez mais enfraquecido: o menino chegou a ter 250 crises epiléticas por dia e a tomar nove remédios diferentes.

“São pacientes que, em geral, têm muita dificuldade para controlar a crise e, por causa disso, usam muita medicação. Eles sofrem os efeitos colaterais das doses muito altas que às vezes conseguem controlar crises, mas às custas de sedação e um grau de dependência muito grande”, explica o médico.

Diagnóstico

O diagnóstico de Caio só veio após uma busca incansável dos pais para encontrar um especialista. Dos 6 meses aos 2 anos, a família tentou diversos medicamentos e ou por muitos médicos. Soraya Camelo da Silva, a mãe do menino, conta que diziam que a “tendência era só piorar” e sentiu que alguns médicos tinham desistido do filho.

“A primeira médica só dava Gardenal, mas não era o bastante. Com o tempo, as medicações iam aumentando e íamos procurando outros médicos especializados. Enquanto isso, as crises só aumentavam. O cabelo caía, ele se retorcia, babava, não conseguia mais deglutir”, lembra Soraya.

Foi só na época que Caio teve um mal epiléptico, quando a crise dura mais de 30 minutos, e foi internado no Hospital Santa Helena, em Brasília, que foi feito o diagnóstico para Lennox-Gastaut. A família recebeu a notícia com um alerta: a doença é praticamente incurável.

Soraya recorda que as crises eram tão intensas que fizeram Caio virar um “vegetal”. “Ele não comia ou interagia por causa da quantidade de crises. Foi então que fizemos a cirurgia de VNS”, lembra.

O implante de VNS

A partir do diagnóstico, a família foi atrás de especialistas e descobriu a possibilidade de diminuir as crises fazendo um implante de VNS, um gerador que emite estímulos no nervo vago e reduz as crises epilépticas.

Oliveira explica que o implante de VNS é uma cirurgia que consiste na colocação de um eletrodo e um fio elétrico enrolado no nervo vago, que a no pescoço e é conectado a uma bateria que fica embaixo da clavícula, tudo por baixo da pele.

Como o nervo atua diretamente no cérebro, a estimulação crônica e contínua traz o controle das crises e melhora da qualidade de vida, principalmente pela diminuição de episódios e medicações utilizadas. Os efeitos colaterais geralmente são alterações respiratórias e rouquidão.

Mas, mesmo com o implante, Caio continuava tomando nove remédios por dia. O ponto de virada foi quando os médicos conseguiram o acerto da medicação.

“Após a cirurgia, ficamos dois meses tentando acertar as terapias. Porém, a quantidade de medicação estava sendo conflitante. Conseguimos uma especialista e depois de dois meses com o desmame dos medicamentos e a substituição de dois deles, as crises diminuíram de 250 para 160 por dia “, diz Soraya.

2 imagens
O menino ou por uma cirurgia e troca de medicamentos para controlar a condição
1 de 2

Caio Henrique só foi diagnosticado com a doença rara aos dois anos e chegou a ter 250 crises epiléticas em um dia

Arquivo pessoal
2 de 2

O menino ou por uma cirurgia e troca de medicamentos para controlar a condição

Arquivo pessoal

O tratamento de Caio inclui o canabidiol, que possui alta eficácia na redução de crises convulsivas, além de outros efeitos como melhora do humor, cognição e atenção. “Por utilizar como via o sistema endocanabinóide, totalmente diferente das outras medicações, o canabidiol tem um papel interessante no tratamento de algumas epilepsias graves como Lennox-Gastaut”, explica Oliveira.

Só após o ajuste dos medicamentos que o VNS e o canabidiol começaram a fazer efeito e as crises foram, finalmente, controladas. Caio já está há mais de dois anos sem crises.

“O Caio perdeu muitas habilidades por causa das crises e também foi constatado autismo, dificultando o desenvolvimento. Mas ele anda, corre e faz muitas coisas. Está na escola e está aprendendo a comer sozinho. E, aos poucos, vai se desenvolvendo”, relata a mãe.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?