Hábito de lavar as mãos cai durante pandemia da Covid-19, diz estudo
Frequência de higienização das mãos despencou desde março de 2020. Algumas pessoas também abandonaram o uso de sabão durante a desinfecção
atualizado
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A higiene correta das mãos com água e sabão ou álcool em gel é uma das principais maneiras de evitar a infecção provocada pelo coronavírus. Desde o início da pandemia de Covid-19, a divulgação de estudos científicos e a orientação de profissionais da saúde têm sido essa. Um ano depois, no entanto, parece que algumas pessoas já começaram a abandonar o hábito.
Um estudo feito no Centro Médico da Universidade de Chicago (UCMC), nos Estados Unidos, mostrou que o cumprimento do ritual de higiene das mãos entre a equipe de saúde e o pessoal de limpeza caiu de 100%, em 28 de março, para 51,5%, em 15 de agosto. Os resultados foram publicados na segunda-feira (26/4), na revista científica Jama Internal Medicine.
Os pesquisadores da Universidade de Medicina de Chicago analisaram os dados de um sistema automatizado de monitoramento de higiene das mãos instalado em 2015 no hospital. O sistema faz registros diários das vezes nas quais é acionado durante as entradas e saídas das unidades de internação para acompanhar se o protocolo de higiene está sendo cumprido.
Outra pesquisa, feita em janeiro deste ano nos Estados Unidos, mostrou que apenas 57% das pessoas lavam as mãos ao menos seis vezes por dia. O número corresponde à higiene após o uso do banheiro, antes das refeições e ao chegar em casa. No início da pandemia, 78% dos americanos afirmavam lavar as mãos com frequência.
Cerca de 40% dos entrevistados continuavam a lembrar os familiares da importância da prática, contra 54% no ano ado durante as primeiras semanas da pandemia.
Uma particularidade que chamou atenção dos pesquisadores foi o ato de lavar as mãos apenas com água, sem o sabonete, o que eles chamam de “lave e corra”. Em abril de 2020, 27% das pessoas faziam isso, agora, 48% dos entrevistados itiram o hábito.
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