Família de bebê com problema no coração luta para conseguir UTI no DF

Um bebê com apenas quatro dias de vida luta para sobreviver após nascer com problemas respiratórios e não conseguir ser atendido na rede pública de saúde. Alice veio ao mundo com as artérias do coração em posição invertida e precisa ar por cirurgia urgente. A família já fez 17 pedidos à Secretaria de Saúde para que a menina seja internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e e pelo procedimento. No entanto, como não há vagas disponíveis, parentes da criança vivem a angústia da espera.

De acordo com uma tia de Alice, o nascimento ocorreu na terça-feira (6/6), no Hospital das Clínicas, em Ceilândia. Tudo corria bem até que o bebê não conseguiu mamar e broncoaspirou o leite, ou seja, houve um refluxo que levou o alimento para os pulmões. “Ela precisou de uma intervenção para ar um cateter e formar um canal para que o corpo se oxigenasse”, explicou Mayara Queiroz.

Durante o processo, o problema cardíaco foi identificado. “Agora estamos correndo contra o tempo, pois essa intervenção cirúrgica precisa ser realizada em até 48 horas após o canal ser aberto. Já fazem quatro dias que estamos desesperados, pois o tempo já se esgotou. Tivemos 17 negativas da Secretaria de Saúde e procuramos o Ministério Público, pois ela precisa de uma vaga em UTI”, explicou a tia do bebê.

A família tenta, junto ao MP, um mandado de segurança que garanta a vaga na UTI de algum hospital público. “A Secretaria de Saúde diz que só pode fornecer a vaga depois que uma equipe de médicos da rede faça uma visita técnica e examine Alice. O problema é que eles dizem que isso só ocorre em dias úteis, e ela pode não resistir até segunda-feira”, afirmou Mayara.

O Metrópoles procurou a Secretaria de Saúde para saber por que o bebê ainda não foi atendido em algum dos hospitais da rede, mas, até a última atualização desta reportagem, a pasta ainda não havia se pronunciado.