{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2021%2F01%2F27145514%2Fcarrinho-de-compras-com-seringas-compra-de-vacina-covid-coronavirus.jpeg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2021%2F01%2F27145514%2Fcarrinho-de-compras-com-seringas-compra-de-vacina-covid-coronavirus.jpeg", "width": "1200", "height": "900", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/saude/compra-de-vacinas-da-covid-19-por-empresas-oficializa-fura-fila-dizem-especialistas#webpage", "url": "/saude/compra-de-vacinas-da-covid-19-por-empresas-oficializa-fura-fila-dizem-especialistas", "datePublished": "2021-01-28T05:00:31-03:00", "dateModified": "2021-01-28T05:00:31-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2021%2F01%2F27145514%2Fcarrinho-de-compras-com-seringas-compra-de-vacina-covid-coronavirus.jpeg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/glaucia-chaves", "name": "Glaucia Chaves", "url": "/author/glaucia-chaves", "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2021-01-28T05:00:31-03:00", "dateModified": "2021-01-28T05:00:31-03:00", "author": { "@id": "/author/glaucia-chaves", "name": "Glaucia Chaves" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "@id": "/saude/compra-de-vacinas-da-covid-19-por-empresas-oficializa-fura-fila-dizem-especialistas#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/saude/compra-de-vacinas-da-covid-19-por-empresas-oficializa-fura-fila-dizem-especialistas#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2021%2F01%2F27145514%2Fcarrinho-de-compras-com-seringas-compra-de-vacina-covid-coronavirus.jpeg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/saude/compra-de-vacinas-da-covid-19-por-empresas-oficializa-fura-fila-dizem-especialistas#webpage" }, "articleBody": "A compra de vacinas contra a Covid-19 por empresas e clínicas privadas vem causando polêmica. Nesta quarta-feira (27/1), a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC) fechou um acordo para comprar 5 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, criada pelo laboratório Bharat Biotech. No início da semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a aquisição de 33 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Oxford/AstraZeneca por empresas privadas, que istrariam parte das vacinas em seus funcionários e doariam a outra metade ao Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas alertam, contudo, que a venda de imunizantes pode atrapalhar o andamento do plano nacional de imunização contra a Covid-19. De acordo com Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a negociação de vacinas fora do âmbito governamental pode desencadear uma competição no mercado por um produto que já está escasso, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. “Por que o governo não compra essas vacinas que estão sendo negociadas pelas empresas para incluir no Programa Nacional de Imunizações (PNI), que é uma campanha que já engloba grupos prioritários?”, questiona. Leia também Saúde Clínicas privadas acertam compra de 5 milhões de doses da vacina indiana Saúde Bolsonaro defende compra de vacina por empresas privadas para ajudar a economia Saúde Saúde acaba com grupos e coloca todas as prioridades da vacina contra Covid-19 juntas Saúde Covid-19: entidades publicam carta contra vacinação na rede privada A imunização dentro de empresas pode até fazer com que o funcionário fique protegido da Covid-19, mas não ajudará a vencer a pandemia. Juarez Cunha explica que, para que o Brasil alcance a imunidade coletiva, é preciso vacinar mais que as 77 milhões de pessoas — o equivalente a cerca de 35% da população brasileira — previstas na primeira etapa do plano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é preciso vacinar entre 65% e 70% da população mundial para que a transmissão do coronavírus seja controlada. O fato de algumas farmacêuticas, como a AstraZeneca, terem se comprometido a fornecer imunizantes para coalizões que visam a distribuição igualitária do medicamento a todos os países, especialmente os de baixa renda, tornaria a negociação com empresas privadas ainda mais sem sentido, de acordo com Juarez. “Ficaria muito estranho alimentar o mercado privado sem antes finalizar a vacinação dos países mais pobres”, afirma. Fura-filas Eticamente, o fornecimento de vacinas para grupos privados também é um problema. Isso porque, segundo o presidente da Sbim, a imunização dos funcionários das empresas não necessariamente seria focada em grupos considerados mais vulneráveis para a Covid-19, como indígenas, quilombolas, profissionais da saúde e idosos. Deixar estas pessoas de fora poderia gerar ainda mais insatisfação entre quem espera seu lugar na fila da vacinação. “Se não fosse uma competição de compra, até seria interessante [que as empresas privadas adquirissem as vacinas]. Porém, o mais lógico é ter estas doses alimentando a estratégia que o Ministério da Saúde pretende colocar em prática. O que vai acabar acontecendo é o que está sendo muito debatido atualmente, que é a questão das pessoas estarem furando fila para serem vacinadas”, afirma Juarez Cunha. Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), explica que a preocupação com a mercantilização de doses da vacina contra a Covid-19 foi tema de uma carta aberta, assinada pelo CNS em conjunto com diversas entidades e ONGs. No documento, divulgado no dia 6 de janeiro, as entidades defendem a imunização exclusiva pelo SUS. De acordo com Pigatto, a preocupação com o fortalecimento dos programas de imunização do Brasil vem de muito antes da pandemia de coronavírus começar. “Já vínhamos observando a diminuição das pessoas nas campanhas e doenças já erradicadas, como o sarampo, voltando”, detalha. “Tudo isso aconteceu graças aos movimentos contra vacinas, que se fortaleceram com as notícias falsas.” Para o presidente da CNS, quando o governo federal abre mão de seu papel de coordenar a vacinação — com planos de enfrentamento bem articulados, estímulo a medidas preventivas, como o uso de máscaras, além de campanhas educativas — acaba atuando a favor do vírus. “Quando a gente já apontava a importância do fortalecimento de planos de organização de campanhas de vacinação, tínhamos esse medo de chegar em um momento como o de agora, de atropelos e tentativas mágicas de resolver problemas que já existiam”, afirma Pigatto. Agora, Pigatto afirma que, para sair da pandemia, o Brasil precisa do máximo de vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponíveis para todos, campanhas de sensibilização e união de forças — inclusive, do setor privado. “As iniciativas privadas podem se esforçar para comprar vacinas para o governo federal. Podem defender a taxação de grandes fortunas para o SUS ter mais recursos e, assim, vacinar os grupos prioritários”, sugeriu. “Precisamos ter a equidade e universalidade das vacinas respeitados. Não podemos oficializar o fura-fila: quem tem dinheiro compra e, quem não tem, fica sem ou espera.” 12 imagensFechar modal.1 de 122 de 123 de 124 de 125 de 126 de 127 de 128 de 129 de 1210 de 1211 de 1212 de 12   Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.", "keywords": "Saúde, vacina, Coronavírus, Covid-19, Sars-CoV-2", "headline": "Compra de vacinas da Covid-19 por empresas oficializa “fura-fila”, dizem especialistas", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "Brasília, Distrito Federal, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-15.7865938", "longitude": "-47.8870338" } } } ] }Compra de vacinas da Covid-19 por empresas oficializa “fura-fila”, dizem especialistas | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Compra de vacinas da Covid-19 por empresas oficializa “fura-fila”, dizem especialistas

A compra de doses por empresas ou clínicas particulares deve impactar no o público e gratuito da população aos imunizantes disponíveis

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
carrinho de compras com seringas compra de vacina covid coronavírus
1 de 1 carrinho de compras com seringas compra de vacina covid coronavírus - Foto: Getty Images

A compra de vacinas contra a Covid-19 por empresas e clínicas privadas vem causando polêmica. Nesta quarta-feira (27/1), a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC) fechou um acordo para comprar 5 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, criada pelo laboratório Bharat Biotech. No início da semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a aquisição de 33 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Oxford/AstraZeneca por empresas privadas, que istrariam parte das vacinas em seus funcionários e doariam a outra metade ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Especialistas alertam, contudo, que a venda de imunizantes pode atrapalhar o andamento do plano nacional de imunização contra a Covid-19. De acordo com Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a negociação de vacinas fora do âmbito governamental pode desencadear uma competição no mercado por um produto que já está escasso, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. “Por que o governo não compra essas vacinas que estão sendo negociadas pelas empresas para incluir no Programa Nacional de Imunizações (PNI), que é uma campanha que já engloba grupos prioritários?”, questiona.

A imunização dentro de empresas pode até fazer com que o funcionário fique protegido da Covid-19, mas não ajudará a vencer a pandemia. Juarez Cunha explica que, para que o Brasil alcance a imunidade coletiva, é preciso vacinar mais que as 77 milhões de pessoas — o equivalente a cerca de 35% da população brasileira — previstas na primeira etapa do plano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é preciso vacinar entre 65% e 70% da população mundial para que a transmissão do coronavírus seja controlada.

O fato de algumas farmacêuticas, como a AstraZeneca, terem se comprometido a fornecer imunizantes para coalizões que visam a distribuição igualitária do medicamento a todos os países, especialmente os de baixa renda, tornaria a negociação com empresas privadas ainda mais sem sentido, de acordo com Juarez. “Ficaria muito estranho alimentar o mercado privado sem antes finalizar a vacinação dos países mais pobres”, afirma.

Fura-filas

Eticamente, o fornecimento de vacinas para grupos privados também é um problema. Isso porque, segundo o presidente da Sbim, a imunização dos funcionários das empresas não necessariamente seria focada em grupos considerados mais vulneráveis para a Covid-19, como indígenas, quilombolas, profissionais da saúde e idosos. Deixar estas pessoas de fora poderia gerar ainda mais insatisfação entre quem espera seu lugar na fila da vacinação.

“Se não fosse uma competição de compra, até seria interessante [que as empresas privadas adquirissem as vacinas]. Porém, o mais lógico é ter estas doses alimentando a estratégia que o Ministério da Saúde pretende colocar em prática. O que vai acabar acontecendo é o que está sendo muito debatido atualmente, que é a questão das pessoas estarem furando fila para serem vacinadas”, afirma Juarez Cunha.

Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), explica que a preocupação com a mercantilização de doses da vacina contra a Covid-19 foi tema de uma carta aberta, assinada pelo CNS em conjunto com diversas entidades e ONGs. No documento, divulgado no dia 6 de janeiro, as entidades defendem a imunização exclusiva pelo SUS.

De acordo com Pigatto, a preocupação com o fortalecimento dos programas de imunização do Brasil vem de muito antes da pandemia de coronavírus começar. “Já vínhamos observando a diminuição das pessoas nas campanhas e doenças já erradicadas, como o sarampo, voltando”, detalha. “Tudo isso aconteceu graças aos movimentos contra vacinas, que se fortaleceram com as notícias falsas.”

Para o presidente da CNS, quando o governo federal abre mão de seu papel de coordenar a vacinação — com planos de enfrentamento bem articulados, estímulo a medidas preventivas, como o uso de máscaras, além de campanhas educativas — acaba atuando a favor do vírus.

“Quando a gente já apontava a importância do fortalecimento de planos de organização de campanhas de vacinação, tínhamos esse medo de chegar em um momento como o de agora, de atropelos e tentativas mágicas de resolver problemas que já existiam”, afirma Pigatto.

Agora, Pigatto afirma que, para sair da pandemia, o Brasil precisa do máximo de vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponíveis para todos, campanhas de sensibilização e união de forças — inclusive, do setor privado.

“As iniciativas privadas podem se esforçar para comprar vacinas para o governo federal. Podem defender a taxação de grandes fortunas para o SUS ter mais recursos e, assim, vacinar os grupos prioritários”, sugeriu. “Precisamos ter a equidade e universalidade das vacinas respeitados. Não podemos oficializar o fura-fila: quem tem dinheiro compra e, quem não tem, fica sem ou espera.”

12 imagens
1 de 12

2 de 12

3 de 12

4 de 12

5 de 12

6 de 12

7 de 12

8 de 12

9 de 12

10 de 12

11 de 12

12 de 12

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?