Alergia à máscara de proteção? Veja dicas simples para prevenir o problema
Dermatologista reforça necessidade do item contra a Covid-19 e indica adaptações necessárias à rotina de cuidados pessoais
atualizado
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A pandemia do novo coronavírus tem mudado o comportamento das pessoas em escala mundial. O uso das máscaras de proteção em lugares públicos agora é obrigatório em várias cidades, inclusive no Distrito Federal. Mas, até que as pessoas se acostumem à novidade, algumas queixas irão surgir. Entre as primeiras, estão reclamações de que o item provoca alergias à pele.
A dermatologista Luanna Portela, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia-DF (SBD-DF), dá sete dicas de cuidados prévios para evitar problemas assim. De acordo com ela, é fundamental não abandonar o uso da máscara e adaptar a rotina de cuidados pessoais daqui para frente:
- Os pacientes com dermatites de contato ou alergia a tecidos sintéticos devem dar preferência às máscaras feitas com tecido de algodão e sem tingimento.Elas precisam ser lavadas com sabonete neutro e separadas das demais roupas;
- Evite usar maquiagem por baixo da máscara ou aguarde que ela seque completamente antes de colocar a proteção. “Além de sujá-la, a umidade do cosmético reduz a vida útil da máscara”.
- Tenha cuidado redobrado com a acne. “A máscara deixa o ambiente mais abafado e o vapor e calor pioram a acne nessa região”, explica Luanna. Pessoas com acne devem limpar a pele com sabonete à base de ácido salicílico ou enxofre de duas a três vezes ao dia. Loções secativas podem ser utilizadas durante o dia e medicamentos específicos à noite;
- Já no caso de pele ressecada, o ideal é aplicar hidratantes, loções ou séruns para peles com acne antes de colocar a proteção, dando um intervalo para que o produto seque completamente na pele. “A máscara não pode estar molhada ou suja”, ressalta.
- As pessoas que precisam ar o dia fora de casa devem usar diferentes modelos de máscaras no período. Isso vai evitar pressão nos mesmos lugares da face. Independentemente do modelo escolhido, ele deve tapar a boca e o nariz como indica o Ministério da Saúde.
- Para evitar a vermelhidão ou inchaço, a dermatologista recomenda compressas com três a quatro camadas de gaze umedecida com água fria ou soro fisiológico (solução salina 0,9%) por cerca de 20 minutos a cada duas horas, quando não for preciso usar a máscara. Em seguida, deve-se aplicar os hidratantes mencionados. “Os líquidos frios ajudam a acalmar a pele, assim como água termal mantida na geladeira”.
- Evite lavar o rosto com frequência se sua pele não for oleosa. O ato retira a camada lipídica da pele. “Ela é a nossa proteção natural. A repetição deixa a pele mais propícia a ter irritações, assim como o uso de água quente“.
No caso de coceira, dermatite seborreica e rosácea agravadas pelo uso da proteção, a SBD recomenda que os pacientes procurem por um dermatologista para o tratamento.