Vídeo: balão com tamanho de prédio invade espaço aéreo de Congonhas
Cinco homens foram presos tentando resgatar artefato, que caiu sobre três casas e um comércio nas imediações do Aeroporto de Congonhas
atualizado
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São Paulo — Um balão de 18 metros de altura — o que equivale a um prédio de cinco andares — foi avistado invadindo o espaço aéreo do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, nesse domingo (2/3).
O 1º Batalhão da Polícia Militar recebeu informações de que outros balões haviam sido avistados sobrevoando as proximidades da pista de pouso e decolagem, atraindo baloeiros para a região, os quais costumam resgatar os artefatos, para reaproveitá-los. Soltar balão é crime ambiental e pode render multa de, no mínimo, R$ 10 mil e até três anos de prisão.
O Aeroporto de Congonhas, em nota, afirmou nesta segunda-feira (3/3) que registrou, pela manhã, a presença de balões “em suas imediações”. A agem deles foi monitorada, até saírem do espaço aéreo, sem interferir em pousos e decolagens.
Tentativa de invasão
Uma equipe da PM ambiental flagrou o balão de 18 metros de altura, que tinha ainda uma bandeira (uma espécie de rabiola) de 25 metros, perdendo altitude, quando os policiais trafegavam pela Rua Vergueiro, altura do número 2.170.
Eles acompanharam o artefato durante a queda, que terminou sobre três casas e um comércio na Vila Mariana, a cerca de seis quilômetros de onde o avistaram.
Vídeo
Antes dos policiais, porém, ao menos 100 baloeiros, em motos, já se concentravam no local para tentar resgatar o balão. Para isso, segundo relatório policial obtido pela reportagem, alguns dos homens tentavam escalar os portões das casas sobre as quais o artefatoo caiu.
Com a chegada da PM, a confusão foi controlada e presos, em flagrante, o web designer Vinícius Alamino Fernandes, de 29 anos, o auxiliar de mecânico Bruno Henrique DDias, 37, o autônomo Tiago Roccha Alves, 38, o auxiliar de almoxarifado Jucimaiky Adlin Maria, 30, e o auxiliar de produção Paulo Mencosini Júnior, 44.
Todos se negaram a prestar depoimento à Polícia Civil. Suas defesas não foram encontradas. O espaço segue aberto para manifestações.
O balão, modelo “truf”, além das grandes proporções, era feito com materiais que, de acordo com a polícia, “possuem potencial para causar incêndios e risco de colisão com aeronaves, principalmente na rota em que se encontrava”.
No 16º DP (Vila Clementino), o caso foi registrado como crime ambiental, por meio de um termo circunstanciado. A Polícia Civil aplicou multa de R$ 20 mil contra os baloeiros, que vão responder ao caso em liberdade.